As estatísticas mostram que cerca de 2% da população tem epilepsia, sendo que 50% são crianças. Um artigo interessante, publicado na revista Pediatrics, discute como as escolas e os lugares frequentados por jovens devem se preparar para eventuais crises epiléticas de seus frequentadores.
Para evitar que uma criança com epilepsia tenha uma convulsão prolongada, que se torna uma crise médica, a Academia Americana de Pediatria (AAP) publicou um novo relatório clínico no qual informa que fornecedores de saúde (seguros, operadoras), famílias e escolas devem colaborar em planos para a gestão da criança ou adolescente com epilepsia, que podem incluir a entrega de medicação e de resgate no ambiente escolar. Medicamentos podem diminuir a necessidade de serviços médicos de emergência, internação hospitalar e longas recuperações, de acordo com o relatório “RESCUE MEDICINE FOR EPILEPSY IN EDUCATION SETTINGS”.
Tendo em vista que cada criança e cada escola são diferentes e, portanto, local e regulamentos estaduais variam, o médico do paciente, a família e a escola devem trabalhar juntos para fornecer planos de ação individualizados e com protocolos de medicamentos.
Os autores do relatório comentam que o atendimento a uma criança convulsionando na escola pode ser um desafio, especialmente quando as enfermeiras escolares não estão disponíveis. Nestas situações, de acordo com o relatório, os planos de resposta simples e eficazes podem ajudar o pessoal não treinado ou voluntário a reconhecer e gerir adequadamente a convulsão de um aluno até a chegada do médico.
Não conheço nenhuma escola, clube ou instituição que tenha isto previsto, a não ser hospitais. Acredito que esta é mais uma coisa a se fazer em nosso sistema educacional tão carente de recursos e de planejamento. Se trabalhássemos em rede, a escola e os centros de saúde primários (UBS e UPAs) deveriam trabalhar em comum acordo e com a ajuda do SAMU.
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Fonte: Pediatrics, January 2016 – From the American Academy of Pediatrics, Clinical Report: “RESCUE MEDICINE FOR EPILEPSY IN EDUCATION SETTINGS”.
Adam L. Hartman, Cynthia Di Laura Devore, and the SECTION ON NEUROLOGY, COUNCIL ON SCHOOL HEALTH
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Atualizado em 24 de setembro de 2024