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Criança sozinha em casa: ​​informação para os pais
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Criança sozinha em casa: ​​informação para os pais

Criança sozinha em casa: ​​informação para os pais

13/05/2016
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Hoje em dia, principalmente nas grandes cidades, muitas crianças ficam uma parte do tempo sozinhas em casa. Recentemente li um artigo de uma revista americana com dicas para pais sobre este assunto, que é muito mais frequente por lá.

É sempre uma boa ideia ter um plano para quando as crianças estão em casa sozinhas. Independentemente da idade, esse plano deverá incluir um adulto que está mais perto de casa, quando a mãe ou o pai não podem estar, para prestar algum socorro ou ajuda, se necessário.

Muitos pais pensam que os filhos entrarão em contato pelo celular, mas nem sempre funciona. Isso porque, quando se está em um local não disponível, a chamada pode não finalizar ou cair. Os filhos devem ter uma pessoa que chegue a eles rapidamente, pois podem precisar de alguém para ajudá-los fisicamente.

Coloque na porta da geladeira os nomes e números de telefone de três vizinhos ou de pessoas próximas, pois as chances de contato serão maiores.

Grande parte dos estados americanos não possuem leis sobre a idade em que as crianças podem ficar sozinhas em casa. No Brasil, deixar a criança sozinha pode ser considerado abandono de incapaz, mas não há uma idade exata estipulada. De acordo com a lei brasileira, apenas aos 16 anos a pessoa é capaz de praticar por conta própria alguns atos da vida civil. 

Sendo assim, com quantos anos a criança pode ficar sozinha? Depende da maturidade e capacidade da criança ou adolescente de lidar com a situação. Os pais devem ter a garantia de que seus filhos não ficarão inseguros em casa.

Antes que as crianças sejam deixadas sozinhas, é melhor fazer um teste. Mostrar e dizer a elas o que esperar e o que fazer se o telefone tocar, por exemplo. Deixe-as falarem o que elas fariam. Certifique-se de que as crianças saibam usar o telefone (fixo e celular) e tomar as principais medidas de segurança.

Certifique-se de que elas saibam seu nome e endereço (e também quando fornecer esses dados ou não!). Quando você estiver confortável, comece deixando a criança sozinha por breves períodos – uma ida à padaria, por exemplo. Depois, estenda gradualmente o tempo de intervalo. As crianças precisam saber o que fazer em caso de emergência.

Regras básicas:

Seu filho deve falar com você por telefone com frequência. Isso ajuda a dar aos pais e à criança alguma paz de espírito e a segurança de que está tudo bem. Evidentemente, as regras mudarão conforme a idade e a maturidade da criança.

Estabeleça limites para assistir televisão, computadores ou telas de maneira geral. A coisa mais comum de se ver é que as crianças vão da escola para casa e ficam na frente das telas, esperando seus pais chegarem. Organize o tempo do seu filho no período em que ele ficará só, incluindo descanso, lições ou arrumar coisas da casa. Assim, você também irá ajudá-lo a crescer mais responsável.

Os pais devem se perguntar o que seu filho está fazendo e se estar sozinho em casa é a melhor escolha. Informe-se sobre programas pós-escola onde você vive, como clubes ou escolas de atividades ou cuidados infantis que oferecem esporte, pois proporcionam mais segurança, a oportunidade de fazer amigos, pertencer a um grupo e aprender uma habilidade.

Dicas para os pais:

  • Mostre os números de emergência (como o 190) e explique como usá-los;
  • Escreva os nomes e números de três vizinhos e membros da família que vivem nas proximidades;
  • Deixe fácil seu número de trabalho e celulares (mesmo que seu filho saiba de cor) e kit de primeiros socorros.

Leia também: Seu filho está pronto para ficar sozinho em casa?

Fonte: Healthy Children Magazine, Back to School

As informações contidas neste site não devem ser usadas como um substituto para o cuidado médico e a orientação de seu pediatra. Podem haver variações no tratamento que o profissional pode recomendar com base em fatos e circunstâncias individuais.

Atualizado em 11 de setembro de 2024

Dr. José Luiz Setúbal

Dr. José Luiz Setúbal

(CRM-SP 42.740) Médico Pediatra formado na Santa Casa de Misericórdia de São Paulo, com especialização na Universidade de São Paulo (USP) e pós-graduação em Gestão na Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP). Pai de Bia, Gá e Olavo. Avô de Tomás, David e Benjamim.

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