A polêmica do parto domiciliar está de volta. No ano passado, as sociedades médicas se colocaram contra este tipo de atitude e a American Academy of Pediatrics (AAP) publicou uma diretriz sobre o assunto.
“Apesar de ainda ser pouco comum, a taxa de partos domiciliares aumentou durante os últimos anos nos EUA e a AAP faz recomendações para o cuidado de crianças nascidas em um ambiente doméstico”.
A AAP concorda com a recente declaração do Colégio Americano de Obstetras e Ginecologistas (ACOG) sobre a opção mais segura para o nascimento de uma criança. No caso, o hospital. Além disso, ela reconhece que as mulheres e as famílias podem desejar um parto em casa por uma variedade de razões.
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Os pediatras devem aconselhar os pais que planejam um parto domiciliar. A AAP e a ACOG recomendam apenas o auxílio de parteiras que são certificadas pela American Board Certification de Obstetrícia. Além disso:
• Deve haver pelo menos uma pessoa presente no parto cuja principal responsabilidade é o cuidado do recém-nascido. Assim, deve-se verificar a formação adequada da criança, as habilidades e os equipamentos para a realização de uma reanimação completa do bebê, caso for necessário;
• Todos os equipamentos médicos devem ser testados antes do início do trabalho de parto e o tempo deve ser monitorado;
• Um arranjo anterior precisa ser feito, como uma instalação médica para garantir o transporte seguro e oportuno, no caso de uma emergência;
A AAP inclui o aquecimento, um exame físico detalhado, o monitoramento das taxas de temperatura, cardíacas e respiratórias, a profilaxia ocular, administração de vitamina K, imunização contra a hepatite B, a avaliação de alimentação, triagem hiperbilirrubinemia e outros testes de triagem neonatal.
Se justificado, as crianças também podem exigir monitoramento de doença por estreptococos do grupo B e triagem de glicose. “Documentação completa e follow-up com o provedor de cuidados primários de saúde da criança é essencial”.
Como se vê, as sociedades médicas brasileiras estão de acordo com as americanas. A diferença está na postura, ou seja, a mãe deve ter liberdade de escolha desde que seja informada dos riscos e ela deve ser preparada para o caso de alguma intercorrência.
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Fonte: Planned Home Birth| Pediatrics
Atualizado em 2 de maio de 2024