PESQUISAR

Sobre o Centro de Pesquisa
Sobre o Centro de Pesquisa
Residência Médica
Residência Médica
Envolvendo a família nos tratamentos
Compartilhar pelo Facebook Compartilhar pelo Twitter Compartilhar pelo Google Plus Compartilhar pelo WhatsApp
Envolvendo a família nos tratamentos

Envolvendo a família nos tratamentos

29/12/2016
  3902   
  0
Compartilhar pelo Facebook Compartilhar pelo Twitter Compartilhar pelo Google Plus Compartilhar pelo WhatsApp

A Academia Americana de Pediatria recomenda aumentar o acesso a técnicas comprovadas para ajudar nos tratamentos das crianças com questões emocionais e comportamentais.

A família focada pode, comprovadamente, ajudar a reduzir os sintomas em crianças pequenas com problemas emocionais, comportamentais e de relacionamento e oferecer efeitos positivos a longo prazo, mas a maioria das crianças não recebem intervenções baseadas em evidências para esses problemas, de acordo com uma nova declaração política emitida pela Academia Americana de Pediatria (AAP).

Esta declaração foi publicada na Pediatrics de dezembro de 2016 e fornece um resumo das intervenções baseadas em evidências na primeira infância, recomendando maneiras que os pediatras possam defender melhor acesso para serviços de saúde mental nos EUA.

A declaração foi endossada para crianças de zero a três anos pela Academia Americana de Psiquiatria Infantil e Adolescente. Um relatório técnico de acompanhamento com o mesmo título analisa os dados de apoio a tratamentos para crianças pequenas.

Embora haja pouca pesquisa sobre o uso de medicamentos com as crianças mais novas, sabemos que muitas delas podem se beneficiar da terapia que inclui os pais, muitas vezes como agentes de mudança.

Os problemas exibidos por até 10% das crianças incluem transtorno de apego reativo; transtornos de comportamento disruptivo; déficit de atenção / hiperatividade (TDAH); ansiedade e transtornos de humor; e dificuldade de sono e alimentação, de acordo com o relatório.

Adversidade parental precoce, tais como depressão pós-parto, abuso de drogas, pobreza, abuso e negligência podem pôr em risco o bem-estar ao longo da vida, de acordo com a declaração de política.

Pediatras podem ajudar na triagem de crianças para fatores de risco. Embora a prevenção seja um componente importante, este relatório lida com aqueles que já sofrem do problema. A relação custo-eficácia da prevenção e tratamento precoce pode ser uma forma importante de controlar os custos de cuidados de saúde a longo prazo.

Muitas intervenções centradas na família comprovam ter efeitos substancialmente mais duradouros do que os medicamentos, no entanto, números crescentes de crianças mais novas estão recebendo prescrição de medicamentos psicotrópicos, de acordo com a declaração de política. A base de evidência é limitada a estudos sobre a medicação para TDAH, e a prática clínica tem ultrapassado de longe a evidência de segurança e eficácia, especialmente para as crianças na assistência social, de acordo com o relatório. Tratamentos comportamentais são a melhor alternativa para a primeira linha de tratamentos para estas crianças.

Os programas de formação dos pais que trabalham no tratamento de problemas de TDAH e de comportamento partilham princípios comuns, tais como ensinar os pais a recompensar o comportamento positivo dos seus filhos e ignorar o mau comportamento. Eles precisam ser consistentes, mais do que qualquer coisa.

No entanto, muitas famílias não têm acesso a esses tratamentos por causa do local onde vivem e da escassez de profissionais de saúde mental treinados para a primeira infância.

Preocupações comportamentais na infância são uma das mais comuns em consultas pediátricas, e agora temos tratamentos comprovados com base e que possivelmente mostrarão melhorias a longo prazo no comportamento, desenvolvimento, desempenho escolar e na saúde das crianças. É hora de investir sabiamente neste domínio.

A declaração de política recomenda que os pediatras defendam um aumento no financiamento de pesquisas sobre tratamentos baseados em evidências, formação pediátrica e apoio à saúde comportamental integrada em contexto pediátrico. Os pediatras também podem colaborar com as agências da comunidade, especialmente aquelas no cuidado da criança, para fornecer consultas de saúde mental e prevenir a expulsão pré-escolar, e pleitear por uma força de trabalho treinada em saúde mental infantil.

Leia também: As experiências dos pais podem causar problemas de comportamento?

Fonte: Pediatrics 2016 VOLUME 138 / NÚMERO 6

Da Academia Americana de Pediatria – Declaração de política

Addressing Early Childhood Emotional and Behavioral Problems

COUNCIL ON EARLY CHILDHOOD, COMMITTEE ON PSYCHOSOCIAL ASPECTS OF CHILD AND FAMILY HEALTH, SECTION ON DEVELOPMENTAL AND BEHAVIORAL PEDIATRICS

As informações contidas neste site não devem ser utilizadas como um substituto para o cuidado médico e orientação de seu pediatra. Pode haver variações no tratamento que o seu pediatra pode recomendar com base em fatos e circunstâncias individuais.

Atualizado em 3 de outubro de 2024

Dr. José Luiz Setúbal

Dr. José Luiz Setúbal

(CRM-SP 42.740) Médico Pediatra formado na Santa Casa de Misericórdia de São Paulo, com especialização na Universidade de São Paulo (USP) e pós-graduação em Gestão na Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP). Pai de Bia, Gá e Olavo. Avô de Tomás, David e Benjamim.

deixe uma mensagem O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

posts relacionados

INICIATIVAS DA FUNDAÇÃO JOSÉ LUIZ EGYDIO SETÚBAL
Sabará Hospital Infantil
Pensi Pesquisa e Ensino em Saúde Infantil
Autismo e Realidade

    Cadastre-se na nossa newsletter

    Cadastre-se abaixo para receber nossas comunicações. Você pode se descadastrar a qualquer momento.

    Ao informar meus dados, eu concordo com a Política de Privacidade de Instituto PENSI.