Instituto PENSI – Estudos Clínicos em Pediatria e Saúde Infantil

Medicina integrativa também pode funcionar

Medicina integrativa também pode funcionar

Medicina integrativa também pode funcionar

Um interessante artigo que li nas últimas semanas me remeteu a uma aula que assisti em Chicago sobre a medicina integrativa. Nesta aula ouvi durante mais de uma hora falar sobre “mindfulness”, cromoterapia, aromaterapia, entre outras coisas usadas em pediatria nos hospitais americanos.

“Medicina Integrativa é a prática da medicina que reafirma a importância da relação entre o paciente e o profissional de saúde. Ela é focada na pessoa em seu todo, informada por evidências e faz uso de todas as abordagens terapêuticas adequadas, com profissionais de saúde e disciplinas para obter o melhor da saúde e cura” (conceito do Health and Healing). A medicina integrativa busca juntar a medicina ocidental tradicional, também conhecida como alopatia, e o conhecimento das terapias alternativas tradicionais mais variáveis possíveis, como: musicoterapia, homeopatia, acupuntura, uso de fitoterápicos, aromaterapia, técnicas de respiração, meditação, quiropraxia, reiki, tai chi chuan etc., sempre baseados em evidências em relação à segurança e eficácia. A prática prevê uma parceria entre o terapeuta e o paciente. A medicina integrativa reúne profissionais de diversas áreas e formações, defendendo que a interdisciplinaridade é essencial para cuidar da pessoa.

O termo “óleo essencial” decorre da ideia aristotélica de que a matéria é composta por quatro elementos, a saber, o fogo, o ar, a terra e a água, o quinto elemento, ou quintessência, era então considerado como espírito ou força vital. Através da destilação, a essência da planta é extraída; isso inclui o cheiro, o sabor e os fitoquímicos da planta, mas conserva os seus componentes e estrutura mais fundamentais. Os óleos essenciais de grau terapêutico são destilações de alta qualidade e são recomendados quando usados ​​para um objetivo de saúde específico em vez de apenas para suas fragrâncias.

Esses óleos essenciais podem ser usados como aromaterapia base para fitoterápicos. Nesta aula, havia evidências de que o uso de aromas, como a lavanda, nos hospitais pode ajudar a acalmar pacientes pediátricos na anestesia. Técnicas de mindfulness ou meditação e yoga podem relaxar pacientes com dores ou doenças crônicas. Musicoterapia é usada há muitos anos e um experimento da Universidade do Kentucky, nos EUA, mostrou que pessoas submetidas a cirurgia e expostas a uma seleção musical durante e após a operação se recuperaram mais rápido que aquelas que só ouviram os médicos conversando.

Muitas terapias complementares têm uma crescente evidência científica, sugerindo que elas podem ajudar com segurança a tratar uma variedade de doenças, de acordo com o relatório. Por exemplo, o ácido docosahexaenóico (DHA) no óleo de peixe mostrou ajudar para uma gravidez saudável e o desenvolvimento do cérebro fetal e está associado a sintomas de desordem de atenção / hiperatividade em algumas crianças. A pesquisa mostra que certas cepas de probióticos podem encurtar a duração da diarreia infecciosa e ajuda a prevenir crises de dermatite. Outros estudos sugerem que terapias como a acupuntura mostram redução da dor pediátrica – especialmente associada à tensão e à dor de enxaqueca.

Colocamos este artigo para evitar o preconceito, mas alertamos que essa é uma área que atrai charlatões, portanto é preciso ter muito cuidado ao utilizar alguma dessas coisas. Verifique:

1- Quem é o profissional?

2- Qual seu preparo e qual é sua formação para fazer aquilo a que ele se propõe?

3- Quais as evidências científicas?

 

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Fontes:

Pediatrics September 2017: Pediatric Integrative Medicine

Atualizado em 21 de novembro de 2024

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