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Saiu na imprensa leiga com grande alarde o novo tratamento para tipos de câncer como a Leucemia, inclusive para crianças. Por meio de terapia genética, células imunológicas podem eliminar câncer com alta precisão, sem os efeitos colaterais de uma quimioterapia ou uma radioterapia.
O Jornal da USP, uma parceria entre o Instituto de Estudos Avançados, a Faculdade de Medicina e a Rádio USP, busca aprofundar temas nacionais e internacionais de maior repercussão. Foi onde ouvi o professor Bryan Eric Strauss, do Instituto do Câncer do Estado de São Paulo, falar de um novo tratamento para leucemia que tem sido aplicado com sucesso nos Estados Unidos. O especialista descreve que o tratamento consiste na modificação das células de defesa do paciente, por meio da utilização de um vírus. O sistema imune passa a ser capaz de identificar e eliminar as células cancerosas com bastante precisão. Até 90% dos pacientes têm respondido bem ao tratamento, ressalta Strauss.
A terapia envolve a remoção do corpo do paciente de milhares de células T, um tipo de glóbulo branco, por um centro médico aprovado. Em seguida, essas células são congeladas e enviadas a uma fábrica da farmacêutica onde o processo de modificação é realizado por meio de uma técnica de engenharia genética que emprega uma forma inativa de HIV, o vírus causador da Aids, para levar o novo material genético às células e reprogramá-las. Esse processo empodera as células T para que elas se liguem à proteína CD-19 presentes na superfície de quase todas as células B — componente natural do sistema imunológico que se torna maligno na leucemia — e as ataquem. As células T geneticamente modificadas são aplicadas na corrente sanguínea dos pacientes, onde se multiplicam e começam a combater o câncer. Uma única célula é capaz de destruir até 100 mil células cancerígenas. Essa capacidade deu a elas o apelido de “serial killers”.
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Fonte: Atualidades, Rádio USP, Jornal da USP no Ar
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Atualizado em 21 de novembro de 2024