Instituto PENSI – Estudos Clínicos em Pediatria e Saúde Infantil

O canto do aconchego

Paciente Davi Araújo Quispe, 4 anos, e a psicóloga e analista de comportamento do Instituto PENSI, Camila de Oliveira: distração na sala sensorial. Crédito: acervo PENSI

PENSI tem sala sensorial com ambiente pensado para atender os pequenos pacientes com TEA

Uma sala feita para acalmar os sentidos. Para acolher nos momentos de tensão, medo, excesso de estímulos. Tem até um casulo, uma cabana para quando dá aquele desejo de criança de entrar ali e esquecer do mundo lá fora. Assim foi pensada a Sala Sensorial do PENSI, no nono andar, um ambiente específico para os pequenos pacientes com autismo que aguardam os tratamentos do projeto Pronas Assistencial. “Nós já temos uma sala de espera universal, ou seja, para todos os pacientes que são atendidos no PAPE (PENSI Ambulatório Pediátrico), e então reservamos uma sala menor pensada em cada detalhe de acordo com as especificidades de quem tem TEA”, explica Yasmine Martins, neuropsicóloga que coordena o projeto.

Quando alguma criança dá sinais de que vai entrar numa crise, se desregular, ela pode entrar na sala e ficar ali protegida, só com a mãe, por exemplo. “A sala é aberta para as crianças, mas temos esse protocolo de crise, quando convidamos os outros a sair e fechamos o espaço para aquela criança que precisa se acalmar”, conta Yasmine. Desse jeito é possível evitar, por exemplo, que a criança se machuque, ou tente bater nos outros, e aos poucos ela vai se tranquilizando, ganha um abraço da mãe, se sente mais segura.

Ali não tem barulho — foi feito um tratamento acústico para afastar os sons externos —, as luzes são amarelas, calorosas, com os spots invertidos para o teto, e o casulo, feito de tecido e pendurado no teto, se fecha completamente e garante ao pequeno paciente a sensação de que está protegido. Caso a criança tenha vontade de brincar, há uma série de brinquedos sensoriais diferentes para ela se distrair. O que ajuda para crianças com hipersensibilidade e também no caso oposto: existem crianças com TEA que são hipossensoriais (com pouca sensibilidade) e curtem brinquedos mais estimulantes, gostosos de pegar, feitos de várias cores e texturas. Peças com areia. Bambolês. Kit para fazer bolhas de sabão.

Os brinquedos podem funcionar ainda como estímulo para a terapia ABA (Applied Behaviour Analysis ou Análise do Comportamento Aplicada), que reforça os comportamentos positivos de quem tem autismo e ajuda a controlar as estereotipias. “A sala sensorial é ótima também para os nossos profissionais que atendem as crianças trabalharem com elas”, conta Yasmine. Desde que foi inaugurada, no final de 2023, a sala tem sido bastante usada e mostrou-se muito útil em vários momentos. Mães — e principalmente as crianças — estão adorando.

Por Rede Galápagos

Leia mais:

Quanto custa criar um filho com TEA

“A área de pesquisa é essencial e pode fazer muita diferença no combate às enfermidades infecciosas”

PENSI investe em nova plataforma EAD

Sabará adota práticas sustentáveis e reduz CO²

Liberdade e Sonhos: impulsionando o cérebro na primeira infância

Sair da versão mobile