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Regras e responsabilidades
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Regras e responsabilidades

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21/01/2015
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Conforme as crianças adquirem responsabilidades durante seus anos de escola, elas se tornam cada vez mais capazes de gerenciar questões como projetos de trabalhos da escola por conta própria. Consequentemente, a cada ano devem assumir mais responsabilidades na sala de aula e em casa.

Durante os anos intermediários da infância, a maioria dos jovens pode ajudar a limpar seus quartos, fazer a cama, pegar seus brinquedos, e ajudar na cozinha ou no quintal. Podem até alimentar e cuidar de animais de estimação. Estas tarefas e responsabilidades diárias são uma parte importante do aprendizado de que a vida exige trabalho, e não apenas brincadeiras ou prazer.

Normalmente, é claro, as crianças são mais preocupadas com a sua vontade de se divertir. Embora não gostem, elas podem querer ter mais tempo com seus pais, e assim pedir para ajudar nas tarefas domésticas. Os pais muitas vezes sentem necessidade de atribuir-lhes responsabilidades, como parte de pertencer à família. Nessa idade, muitas crianças têm dificuldade em seguir regras e completar suas tarefas, pelo menos inicialmente. Responsabilidade e iniciativa são aprendidas através de um processo gradual de orientação e de recompensa.

Conforme o seu próprio filho assume mais responsabilidades, ele provavelmente terá períodos de agir de forma irresponsável, enrolar e ficar na “vadiagem”. A maioria das crianças o fazem. Nessas horas, você precisa entrar em cena e, com o incentivo e orientação gentil, ajudá-lo na direção certa.

Às vezes, os pais podem exigir demais de seus filhos, ou podem ver problema em tudo o que seus filhos fazem. Eles podem sobrecarregá-los com muitas responsabilidades. Quando isso acontece, as crianças podem sentir-se oprimidas e resistem a assumir quaisquer responsabilidades. Os pais precisam se precaver contra esse tipo de sobrecarga, certificando-se de que os seus filhos estão assumindo um nível apropriado de responsabilidade. As crianças diferem nas características pessoais e temperamento para fazer as tarefas. Alguns simplesmente não são muito persistentes, já outros têm dificuldade em se organizar. Outros ainda têm dificuldade para passar de uma atividade para outra. Você deve ter um bom senso do estilo do seu filho e moldar suas expectativas.

As crianças precisam ter algumas obrigações e deveres dentro da família, ou elas não vão aprender a aceitar a responsabilidade. Em ambientes domésticos não estruturados, ou em famílias que são muito permissivas e onde pouco se espera das crianças, os jovens perdem algumas experiências valiosas de aprendizagem e seu desenvolvimento de um sentido de responsabilidade e iniciativa pode não ocorrer até ser adulto ou ir para a faculdade. Como resultado, sempre que as demandas são colocadas sobre essas crianças, elas aparecem para procrastinar ou demorar, sem nunca ter aprendido a completá-las.

Se o seu filho procrastina e enrola, especialmente em torno das responsabilidades e tarefas, aqui estão algumas técnicas de gestão simples, que muitas vezes são úteis:

  • Explicar cuidadosamente as tarefas que seu filho deve executar. Certifique-se de que ele entendeu o que se espera no dia a dia e uma base semanal. Pode ser que um calendário com as tarefas da semana ajude-o a se organizar.
  • Elogiar e até premiar quando for bem, pode ser a maneira mais eficaz de motivar o seu filho e garantir seu sucesso. Você também pode querer considerar recompensas tangíveis, como subsídios e adesivos vinculados a tarefas concluídas.
  • Seu filho pode ter uma grande ajuda para lembrar-se de fazer as tarefas se a sua vida familiar tem uma estrutura e rotinas. Incentive-o a fazer suas tarefas no mesmo horário cada dia. Rotinas de outras atividades – incluindo refeições, lição de casa, brincar e dormir – também podem ensinar organização e ajudá-lo a desenvolver a responsabilidade.
  • Agendar reuniões familiares semanais para rever o progresso. O mais importante, supervisionar e apoiar o seu filho, que é a melhor maneira de garantir que ele está sendo responsável.
  • Quando o jovem não completar suas tarefas e outras responsabilidades, pode ser necessário discipliná-lo. Por exemplo, você pode decidir revogar certos privilégios ou atividades especiais que significam muito para ele. Embora alguns pais podem sentir que repreender uma criança a ponto de iniciar uma discussão vai levá-la a aceitar maior responsabilidade, essa abordagem é raramente eficaz. Gratificar e proporcionar incentivos é sempre muito mais eficaz.

Em alguns casos, um jovem pode ser ajudado por intervenção profissional, principalmente se for muito rebelde e os pais não souberem lidar com a situação. Reveja as suas preocupações com o seu próprio pediatra, que pode ser capaz de assegurar-lhe que o seu filho está se comportando normalmente. Por outro lado, o pediatra pode considerar um encaminhamento para um psicólogo para uma avaliação, não só se o seu filho de forma consistente não completar responsabilidades da casa todos os dias, mas também se a irresponsabilidade é evidente na escola.

Essa avaliação também pode ajudar a determinar se outros problemas estão presentes. Por exemplo, um jovem com uma dificuldade de atenção pode ter problemas para se concentrar em sua lição de casa; para esta criança, a procrastinação não é o problema. O tratamento nesta situação deve ser no sentido de gerir o próprio déficit de atenção.

Os primeiros esforços para ajudar as crianças que sempre evitam a responsabilidade são importantes para o seu sucesso futuro.

Leia também: Dando autonomia para seus filhos se vestirem

Fonte: Cuidar da sua criança em idade escolar: Idade 5-12 (Copyright © 2004 Academia Americana de Pediatria)

As informações contidas neste site não devem ser usadas como um substituto para o atendimento médico e orientação de seu pediatra. Pode haver variações no tratamento que o seu pediatra pode recomendar com base em fatos e circunstâncias individuais.

Atualizado em 23 de julho de 2024

Dr. José Luiz Setúbal

Dr. José Luiz Setúbal

(CRM-SP 42.740) Médico Pediatra formado na Santa Casa de Misericórdia de São Paulo, com especialização na Universidade de São Paulo (USP) e pós-graduação em Gestão na Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP). Pai de Bia, Gá e Olavo. Avô de Tomás, David e Benjamim.

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