Simpósio de Hematologia Pediátrica reúne especialistas e promove atualização prática em cuidados infantis
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Simpósio de Hematologia Pediátrica reúne especialistas e promove atualização prática em cuidados infantis

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O Instituto Pensi, em parceria com o Sabará Hospital Infantil, promoveu mais uma edição do Simpósio de Hematologia Pediátrica, reunindo médicos, residentes, estudantes e profissionais de saúde em um evento on-line de grande repercussão. A abertura contou com a participação da Dra. Renata Mazzotti Zampol e a exibição de um vídeo institucional sobre a nova unidade do Sabará, com inauguração prevista para 2027.

Com apoio de importantes sociedades médicas e participação de especialistas de referência nacional, o simpósio destacou-se por uma programação abrangente, que trouxe desde temas comuns do consultório até complicações graves em pacientes hospitalizados, sempre com foco na aplicabilidade clínica e no trabalho em equipe.

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Do consultório à prática diária

Moderada pelas médicas Dra. Sandra Loggetto e Dra. Janahyna Emerenciano, a primeira parte trouxe atualizações importantes para a rotina do pediatra. A Dra. Célia Campanaro discutiu os mitos e verdades sobre a deficiência de G6PD, destacando que, embora seja a enzimopatia mais comum do mundo, no Brasil as variantes mais frequentes costumam ter curso leve a moderado. Já o Dr. Thiago Vilela apresentou os desafios da deficiência de ferro em doenças inflamatórias intestinais, lembrando que a anemia é uma complicação extraintestinal recorrente e que o diagnóstico deve considerar o estado inflamatório do paciente.

A Dra. Andrea Angel fechou a mesa abordando o aumento da vitamina B12 sérica. Segundo ela, o achado laboratorial pode estar relacionado a suplementação, doenças hematológicas ou até a erros de interpretação, devendo ser analisado sempre dentro do contexto clínico. O debate reforçou a importância de cautela e clareza na comunicação com as famílias.

Desafios no cuidado intensivo

Na segunda parte do simpósio, moderada pelas médicas Dra. Julia Sion e Dra. Maria Carolina Modolo, o foco foi em quadros graves que exigem manejo em UTI. A Dra. Julia apresentou a microangiopatia trombótica, destacando as múltiplas causas possíveis e os caminhos terapêuticos que vão do suporte clínico ao uso de medicamentos como eculizumabe e plasmaférese.

Em seguida, a Dra. Ana Paula Rodrigues discutiu as alterações hematológicas na coqueluche maligna, quadro raro em lactentes e de alta mortalidade, marcado por hiperleucocitose. A mesa também contou com a Dra. Christiane Pinto, que abordou os cuidados no pré e pós-operatório de pacientes com hemofilia, e o Dr. Jorge Carneiro, que falou sobre tromboembolismo em doenças crônicas na infância. O debate destacou a importância do trabalho integrado entre diferentes especialidades para oferecer segurança em cenários críticos.

Casos clínicos e decisões terapêuticas

A terceira parte foi dedicada a explorar situações práticas do dia a dia. A Dra. Janahyna Emerenciano e a Dra. Josefina Braga discutiram o diagnóstico e o tratamento da anemia hemolítica autoimune (AHAI), enfatizando o impacto de uma abordagem precoce e assertiva. Logo após, a Dra. Sandra Loggetto e o Dr. Thiago Vilela revisaram a abordagem da púrpura trombocitopênica imune (PTI), trazendo tanto as estratégias já consolidadas quanto novas possibilidades terapêuticas.

Encerrando essa parte, a Dra. Monica Veríssimo e a Dra. Paula Guedes apresentaram critérios e recomendações sobre transfusão de hemocomponentes. As especialistas destacaram quando transfundir, mas principalmente quando não é necessário,

reforçando protocolos de segurança para prevenir complicações. Essa mesa trouxe aprendizados valiosos baseados em casos reais, aproximando teoria e prática clínica.

Doença falciforme em foco

A última sessão, moderada pelos médicos Dr. Thiago Vilela e Dra. Danila Carraro, concentrou-se nos avanços e desafios relacionados à doença falciforme. A Dra. Sandra Loggetto apresentou as novas diretrizes do PCDT, que incluem o uso precoce da hidroxiureia e reforçam a importância de vacinação e antibiótico profilático. Na sequência, a Dra. Janahyna Emerenciano destacou a condução das complicações agudas mais frequentes, como crises vaso-oclusivas, síndrome torácica aguda, sequestro esplênico e AVC.

Encerrando o simpósio, a Dra. Juliana Folloni trouxe uma atualização sobre o transplante de medula óssea na doença falciforme, apontando os avanços, as indicações e os desafios da terapia curativa. A mesa destacou como a preparação das equipes é fundamental tanto para emergências quanto para estratégias de longo prazo, refletindo o impacto da ciência no cuidado integral desses pacientes.

Conclusões e impactos

O simpósio se consolidou como um espaço de atualização científica e de troca de experiências entre especialistas, destacando avanços no diagnóstico, prevenção e tratamento de doenças hematológicas na infância.

Ao longo de toda a programação, ficou claro que a excelência no cuidado depende da integração multiprofissional, da valorização do contexto clínico e da atualização contínua dos profissionais de saúde.

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Comunicação PENSI

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