A depressão está muito associada ao mundo dos adultos, mas cada vez mais é um transtorno que afeta crianças e adolescentes.
Terapia cognitivo-comportamental (TCC), usada em um ambiente de cuidados primários, pode ser um tratamento eficaz para a depressão em jovens que se recusam ou não aderem a tratamentos com antidepressivos, de acordo com um estudo publicado na revista Pediatrics de maio de 2016.
Na TCC, o que se busca é a reestruturação cognitiva, a partir de uma conceituação do paciente e de seus problemas. Inicialmente, objetiva devolver ao paciente a flexibilidade cognitiva por meio da intervenção sobre as suas cognições, a fim de promover mudanças nas emoções e comportamentos que as acompanham. Ao longo do processo terapêutico, no entanto, atua diretamente sobre o sistema de esquemas e crenças do paciente a fim de promover sua reestruturação. Em paralelo à reestruturação cognitiva, o terapeuta cognitivo utiliza ainda uma abordagem de resolução de problemas.
Em parte, devido aos avisos de alarmes que datam de 2004, o suicídio ou tentativa relacionados à depressão, atingem cerca de 50% dos jovens deprimidos. Suas famílias oferecem antidepressivos, mas os jovens muitas vezes tendem a recusá-los e metade dos que tentam não conseguem manter aderências suficientes para alcançar os benefícios esperados.
Como resultado, muitos jovens deprimidos podem estar sub ou não tratados. Os pesquisadores trabalharam com 212 adolescentes deprimidos entre 12 e 18 anos de idade entre 2006-2012 e descobriram que a TCC pode ser um tratamento viável para depressão em adolescentes.
O estudo também descobriu que o benefício da terapia comportamental cognitiva poderia suportar, pelo menos, um ano ou mais e pode estar associado à menor incidência de serviços mais intensivos, como internação psiquiátrica.
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Fonte: Pediatrics April 2016
Cognitive Behavioral Therapy in Primary Care for Youth Declining Antidepressants: A Randomized Trial
Gregory Clarke, Lynn L. DeBar, John A. Pearson, John F. Dickerson, Frances L. Lynch, Christina M. Gullion, Michael C. Leo
As informações contidas neste site não devem ser usadas como um substituto para o cuidado médico e orientação de seu pediatra. Pode haver variações no tratamento que o pediatra pode recomendar com base em fatos e circunstâncias individuais.
Atualizado em 23 de setembro de 2024