
Artes marciais
41 —Milhares de jovens praticam artes marciais em todo o mundo. Elas são conhecidas por melhorar as habilidades sociais, disciplina e respeito em crianças. Os pequenos também podem melhorar suas habilidades de se concentrar e focar em atividades, bem como melhorar suas habilidades motoras e autoconfiança. Artes marciais podem ser divertidas e benéficas em qualquer idade.
Embora estas atividades sejam relativamente seguras, as lesões podem acontecer. A seguir, informações da Academia Americana de Pediatria (AAP) sobre como prevenir lesões nas artes marciais.
Dicas de prevenção e segurança
Instrutores vão ensinar adequando nível de idade e maturidade da criança. As aulas devem enfatizar a técnica e autocontrole.
Técnica: a ênfase de um instrutor na técnica e autocontrole são muito importantes para limitar o risco de lesão. As crianças devem aprender a dar os golpes em posição adequada e utilizando a quantidade adequada de força.
Equipamento de segurança deve servir corretamente e ser bem conservado.
Quando as regras permitem, capacetes de proteção devem ser usados para treinos ou para atividades com risco de queda, como saltos altos ou chutes voadores.
Enchimentos podem ajudar a proteger contra arranhões e hematomas e limitar a dor de chutes e socos.
Protetores bucais podem ser necessários.
Tatames e pisos devem ser seguros para a prática.
Atenção: lacunas entre esteiras podem causar a torção do tornozelo. Pisos molhados ou desgastados podem causar deslizamentos e quedas.
Lesões comuns
Arranhões e contusões são de longe as lesões mais comuns observadas nas artes marciais. Contusões podem ser tratadas com gelo aplicado por 20 a 30 minutos. Elas ficarão melhores lentamente e vão desaparecer em 2 a 3 dias.
Entorses e distensões ficam mais comuns conforme as crianças crescem. Tornozelos, joelhos e cotovelos são as articulações mais frequentemente lesadas.
Lesões no dedo mindinho e no dedo do pé são muitas vezes devido à grande quantidade de socos e pontapés.
Ferimentos na cabeça podem ocorrer. Importante estar atento à concussão: qualquer lesão no cérebro que perturba a função cerebral normal numa base temporária ou permanente.
Tipos de artes marciais
O termo “artes marciais” pode ser usado para descrever diversos estilos ou disciplinas de práticas de autodefesa. Existem muitos estilos diferentes praticados em todo o mundo. As formas mais populares são karatê, tae kwon do e judô.
Karatê significa “mãos vazias”, como é normalmente praticado sem armas. As mãos e os pés são treinados e preparados para uso em uma forma de autodefesa sem armas.
Tae kwon do significa “o caminho do pé e punho.” Esta é uma arte marcial coreana tradicional. Destaca a disciplina, respeito e crescimento pessoal e enfoca o uso dos pés para pontapés poderosos em autodefesa.
Judô significa “caminho suave” e é conhecido por uma variedade de técnicas de arremesso. Ela usa muitos métodos para controlar um adversário no chão. Em muitos aspectos, é mais parecida com a luta livre do que com as outras artes marciais.
Kung fu mais comumente se traduz como “trabalho duro” e é uma das mais antigas formas de artes marciais. O termo pode ser usado para descrever todas as centenas de artes marciais chinesas.
Aikido significa “o caminho da harmonia”. Esta arte marcial japonesa é conhecida como um estilo de arremesso.
Jiu-jitsu significa “a arte da suavidade” e enfatiza técnicas que permitem um lutador menor a superar um grande adversário, mais forte. Primeiro praticado no Japão, é considerada uma luta de chão.
Leia também: Os benefícios das artes marciais
Fonte: Cuidados com o jovem atleta – folhetos de educação do paciente (Copyright: © 2010 Academia Americana de Pediatria)
As informações contidas neste site não devem ser utilizadas como um substituto para o cuidado médico e orientação de seu pediatra. Pode haver variações no tratamento que o seu pediatra pode recomendar com base em fatos e circunstâncias individuais.
Atualizado em 3 de outubro de 2024
Dr. José Luiz Setúbal
(CRM-SP 42.740) Médico Pediatra formado na Santa Casa de Misericórdia de São Paulo, com especialização na Universidade de São Paulo (USP) e pós-graduação em Gestão na Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP). Pai de Bia, Gá e Olavo. Avô de Tomás, David e Benjamim.