Hoje, 21 de junho, início do inverno, comemora-se o Dia Nacional de Combate à Asma, uma iniciativa para incentivar a busca pelo controle dessa doença, responsável por altas taxas de consultas de emergência e milhares de internações hospitalares. A asma infantil atinge milhões de crianças e, em geral, inicia-se antes dos cinco anos. E é nesta época do ano que as crises são mais frequentes, em função da queda da temperatura e mudanças bruscas do tempo, que levam a uma maior proliferação de vírus e alérgenos (ácaros e fungos). Além disso, o ar frio e seco causa maior irritação das mucosas, propiciando o aparecimento dos sintomas.
Saiba mais sobre asma em crianças
A asma é uma doença crônica que envolve as vias respiratórias, nos pulmões. Os brônquios são tubos que, normalmente, permitem que o ar entre e saia dos pulmões. Nos pacientes asmáticos, os brônquios ficam inflamados, principalmente quando entram em contato com algum desencadeante, como poeira, ácaros, poluição, fumaça de cigarro, ar frio ou exercício físico. Nesta situação, os brônquios tornam-se ainda mais inchados e os músculos ao redor se contraem. Isso torna difícil a entrada e saída de ar dos pulmões, causando sintomas como tosse, chiado, falta de ar e aperto no peito. A tosse crônica pode ser o principal sintoma em algumas crianças. Pessoas com histórico familiar de alergias são mais propensas a desenvolver asma.
Diante destes sintomas, é necessária uma avaliação com o especialista que, por meio do histórico e do exame físico, poderá determinar o diagnóstico da doença. Alguns exames podem ser úteis para conhecer melhor as causas e gravidade da doença. A verificação da existência de sensibilização alérgica, por meio de testes na pele ou no sangue, permite o diagnóstico das causas e auxilia na prevenção das crises. Por outro lado, as provas de função dos pulmões permitem avaliar a gravidade da doença e indicar o melhor tratamento preventivo.
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Por ser uma doença de característica genética, alinhada a fatores ambientais, não há cura definitiva para a asma. Mas uma vez diagnosticada corretamente, deve-se seguir um plano de tratamento de acordo com a gravidade e frequência dos sintomas. Isto envolve orientações para evitar as causas e o uso de medicamentos ajustados a cada paciente. Medidas preventivas como evitar ambientes fechados, pouco ensolarados e sem ventilação, arejar a casa, lavar roupas de cama com frequência e reforçar cuidados com a limpeza da casa são essenciais. Além disso, evitar exposição à fumaça de cigarro e tomar vacina da gripe são também medidas eficazes. Desta forma será possível manter a doença controlada, praticar atividades físicas e ter uma adequada qualidade de vida.
Atualizado em 14 de março de 2024