Instituto PENSI – Estudos Clínicos em Pediatria e Saúde Infantil

Transtorno de Atenção

Uma boa notícia sobre TDAH (transtorno de atenção e hiperatividade) apareceu no final do ano. Um estudo, publicado em dezembro de 2016 na Pediatrics, analisou as alterações nas taxas de diagnóstico de TDAH e estimulante receitado a crianças com idades entre 4-5 anos de idade, entre 2008 e 2014.

O estudo observou que a Academia Americana de Pediatria em 2011, recomendou pela primeira vez uma abordagem padronizada para o diagnóstico e recomendou terapia de comportamento – e não estimulantes – como a terapia de primeira linha para pré-escolares com TDAH.

Uma em cada três crianças diagnosticadas com TDAH é diagnosticada durante os anos pré-escolares; 47% das pessoas diagnosticadas são tratados com medicamentos isoladamente ou em combinação com a terapia de comportamento, de acordo com o estudo. Os autores descobriram que 0,7% das 87,067 crianças foram diagnosticadas com TDAH antes que as orientações AAP fossem publicadas, e que 0,9% das 56,814 crianças foram diagnosticadas com TDAH após a publicação de orientações em 2011. No entanto, o estudo concluiu que, após o lançamento das orientações de 2011, o aumento da taxa em que os pré-escolares foram diagnosticados com TDAH estabilizou. A taxa de estimulantes de prescrição manteve-se constante, em 0,4%.

Os autores concluem que o estudo oferece resultados tranquilizadores para o uso continuado de uma abordagem padronizada para o diagnóstico e tratamento de TDAH para crianças em idade pré-escolar.

Depois de 5 anos parece que a polêmica em relação ao super diagnóstico e tratamento com medicações em TDAH surtiram efeito, e com a padronização da recomendação para o tratamento com terapia comportamental e menos utilização de medicamentos, principalmente para pré-escolares fizeram os pediatras americanos a refletirem sobre sua conduta.

 

Autor: Dr. José Luiz Setúbal

Fonte Pediatrics -December 2016, VOLUME 138 / ISSUE 6

Preschool ADHD Diagnosis and Stimulant Use Before and After the 2011 AAP Practice Guideline

Alexander G. Fiks, Michelle E. Ross, Stephanie L. Mayne, Lihai Song, Weiwei Liu, Jennifer Steffes, Banita McCarn, Robert W. Grundmeier, A. Russell Localio, Richard Wasserman

 

As informações contidas neste site não devem ser utilizadas como um substituto para o cuidado médico e orientação de seu pediatra. Pode haver variações no tratamento que o seu pediatra pode recomendar com base em fatos e circunstâncias individuais.

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