O hábito parafuncional de ranger os dentes durante o sono/vigília tem origem multifatorial e o tratamento envolve atenção de diversas áreas da saúde.
O bruxismo infantil é bastante comum e os estudos mais recentes correlacionam o bruxismo a fatores hereditários, psicológicos, comportamentais, relacionados ao uso de medicamentos, relacionados aos processos de aprendizado e também ambientais.
Cerca de 30% das crianças em idade de crescimento irão apresentar episódios esporádicos de bruxismo, na maior parte dos casos sem nenhuma dor ou desconforto.
Entretanto, apenas uma pequena parte destas crianças irão apresentar bruxismo patológico, capaz de provocar alterações no padrão de sono e manifestações dolorosas na boca, bochechas, ouvido e têmporas.
Nestes casos, o tratamento deve incluir a revisão de todas as medicações possivelmente em uso, ansiedade, relações sociais e avaliação da cavidade bucal. O médico pediatra pode avaliar a boca da criança em busca de alterações sugestivas de bruxismo infantil e encaminhar ao odontopediatra ou ao Cirugião Bucomaxilofacial para avaliação.
A maior parte das crianças apresenta boas respostas aos tratamentos convencionais e raramente são necessários exames mais invasivos.
Entretanto, cabe aos pais atenção redobrada nestes casos para evitar que o bruxismo possa comprometer o crescimento e o desenvolvimento craniofacial e a saúde bucal da criança.
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Atualizado em 20 de dezembro de 2024