Instituto PENSI – Estudos Clínicos em Pediatria e Saúde Infantil

Cólicas do bebê: saiba causas e como evitá-las

Cólicas do bebê: saiba causas e como evitá-las

Cólicas do bebê: saiba causas e como evitá-las

Elas não duram mais do que poucos meses, mas são verdadeiros pesadelos para pais e filhos. Cerca de 75% dos recém-nascidos sofrem com as mal-afamadas cólicas recorrentes. Se o bebê mostra sinais de irritabilidade acompanhados de choro, caretas, contorções e flexões das perninhas, certamente está sentindo esse desconforto abdominal.

Para a gastroenterologista pediátrica Jane Oba, do Hospital Infantil Sabará, as cólicas nos bebês podem ter várias causas, entre elas, um sistema digestório imaturo. “As paredes do intestino se contraem e relaxam sem controle. O aparelho digestório não está totalmente desenvolvido, mas aprendendo a funcionar”, explica a especialista. Outra suposta causa é a alimentação da mãe durante o aleitamento. Excesso de chocolate, de leite de vaca e derivados, alimentos fermentativos, como feijão, por exemplo, também costumam provocar gases nos pequenos.

Saiba mais sobre as cólicas nos recém-nascidos

Já a terceira teoria para a dor abdominal está relacionada ao fato do bebê engolir excesso de ar durante as mamadas. “O hábito aumenta o volume de gases no intestino, o que faz com que as crianças também sintam dor. O ideal é fazê-los arrotar após o aleitamento”, frisa. Por trás desses incômodos, ainda pode estar alguma inadequação em relação ao leite.  De acordo com a gastroenterologista infantil, a alimentação ideal para o recém-nascido é o leite materno. “Na falta ou quando ele é insuficiente, recorre-se a fórmulas infantis, como substituto ou como complemento. Algumas mães utilizam leite de vaca comum ou de soja. Essas inadequações de leite podem ser uma das causas importantes de cólica, além de provocar outros distúrbios, como alergia, regurgitações, vômitos”, explica.

De acordo com a especialista, as cólicas são mais comuns nas primeiras três semanas de vida do bebê e se intensificam em seis semanas. “Com o tempo, é normal que elas desapareçam. Se o bebê continuar a sofrer com o problema, o ideal é procurar um pediatra para fazer o diagnóstico do caso”, recomenda. Mas será que as cólicas podem indicar algum transtorno no futuro? “As cólicas em bebês podem ser um indício de que no futuro os pequenos desenvolvam transtornos digestórios, como alergias alimentares e doença do refluxo”, esclarece a médica.

Para aliviar as cólicas dos bebês, os pais podem fazer massagens na barriga dos pequenos, usar bolsas de água quente ou fraldas aquecidas na região, mas sempre tomando cuidado com a temperatura para evitar queimaduras. Colocar o bebê de bruços no colo também ajuda a aquecer o abdômen e alivia a dor. E, claro, fazer com que os pequenos arrotem após as mamadas é interessante. O importante é saber que a amamentação é um poderoso aliado na prevenção desse incômodo. O leite materno possui substâncias que protegem a parede do intestino e estimulam o funcionamento e o desenvolvimento do órgão, facilita a evacuação e eliminação de gases, além de proteger contra uma série de doenças.

Leia também: Aleitamento materno – uma unanimidade

Atualizado em 31 de janeiro de 2024

Sair da versão mobile