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Correndo na infância
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Correndo na infância

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24/01/2013
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O grande esporte da moda é a corrida, atividade queridinha de quem quer emagrecer e entrar em forma. Além de emagrecer, a corrida exercita a cabeça, melhora o sono, previne algumas doenças e deixa o coração mais resistente. Correr é uma prática natural que pode ser realizada na maioria dos ambientes e com pouco investimento em equipamentos. Cada vez aparecem mais e mais provas de corrida nas ruas da capital paulista e de todo país. O número de praticantes dessa modalidade esportiva cresce a cada dia e vai desde os pequenos até os mais idosos.

Mas, e as crianças? Muitos pais me perguntam: “Meu filho pode correr? Com que idade pode iniciar os treinos? E as lesões?”. Acredito que a resposta seja uma só: é preciso usar o bom senso! Crianças são crianças e gostam de correr por brincadeira. Introduzi-los nessa modalidade é válido desde que não seja visando o sucesso esportivo, e sim, o lúdico. O esporte em si promove disciplina, concentração e socialização. A corrida, considerada por muitos especialistas como a base dos esportes, pode ser a primeira oportunidade para desenvolver coordenação motora, força muscular e equilíbrio do corpo.

No entanto, em situações nas quais não se respeita o desenvolvimento da criança e a exigência física e mental, correr excede o considerado saudável e passa a ser prejudicial. É quando começam a surgir problemas com lesões e desgastes físicos e mentais. Exigir demais de uma criança pode afastá-la de um futuro esportivo. Afinal, divertir-se é muito mais importante do que vencer!

À medida que a criança adquire força e coordenação, podemos trabalhar as técnicas de corrida, aprimorando-as. Devemos lembrar sempre que a criança não é uma miniatura do adulto e seu organismo possui peculiaridades no seu crescimento. Assim sendo, para cada faixa etária, existe um grau de desenvolvimento e coordenação. Podemos resumir:

Até cinco anos: não adquiriram um padrão de marcha e corrida maduro;

Cinco aos oito anos: corridas devem ser inseridas em brincadeiras e alternadas com períodos de caminhada.

Nove aos 12 anos: começam a ter um nível de maturidade e crescimento que permite que participem de um treinamento formal e de competições – treinamentos de velocidade e ritmo para distâncias mais longas;

13 aos 15 anos: fase da escolha do esporte preferido. Maior crescimento e força. Aumento do empenho e volume de treinamento – cuidado com as lesões!

É importante salientar que as crianças e os futuros atletas devem seguir um programa de treinamento com suporte técnico adequado e preparo fora das pistas com exercícios para fortalecimento, flexibilidade e coordenação.

E, para que as crianças vivenciem de verdade a experiência de correr, existem muitas “provinhas” infantis que estimulam esse contato com o mundo saudável da corrida, bem como a promoção da integração entre participantes, oferecendo um diferencial aos pais e filhos. O objetivo é sempre estimular a prática esportiva desde a infância, vivenciando em pistas de atletismo o mesmo que os pais vivenciam nas ruas de todo o país.

A Corrida Pão de Açúcar Kids, por exemplo, acontece desde 2004. As crianças são divididas conforme o ano de nascimento e todas recebem medalhas, número de peito, kit de corrida, lanche, além de muita diversão e adrenalina. Assim como a corrida do Pão de Açúcar, existe também a São Silvestrinha, entre outras.

A Corrida Cartoon diferencia-se pela oportunidade de pais e filhos correrem juntos, unidos por uma fita elástica. O evento é destaque por permitir maior interação e diversão entre família e amigos. Opção é o que não falta. Portanto, aproveitem que o ano está começando, fiquem de olho no calendário de corridas infantis, peguem seus baixinhos e divirtam-se correndo!

Leia também: Como escolher a atividade física de seu filho?

Atualizado em 16 de abril de 2024

Dr. José Luiz Setúbal

Dr. José Luiz Setúbal

(CRM-SP 42.740) Médico Pediatra formado na Santa Casa de Misericórdia de São Paulo, com especialização na Universidade de São Paulo (USP) e pós-graduação em Gestão na Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP). Pai de Bia, Gá e Olavo. Avô de Tomás, David e Benjamim.

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