Uma pesquisa revela que crianças de famílias com poucos recursos, muitas vezes, têm menor desenvolvimento cognitivo do que aquelas que crescem em lares mais ricos. Porém, um novo estudo internacional – publicado na edição de abril de 2016 da revista Pediatrics – mostra que as intervenções baseadas nos lares das crianças, que ensinam os pais a envolverem seus filhos nas atividades lúdicas e interativas de aprendizagem, podem diminuir esta lacuna.
O estudo “Home-Based Early Intervention and Influence of Family Resources on Cognitive Development” incluiu 293 crianças na Índia, Paquistão e Zâmbia cujas famílias receberam visitas domiciliares quinzenais de “formadores de pais” antes de completarem um mês de vida até os 3 anos de idade.
Os “formadores de pais” foram modelados em atividades dos Partners for Learning, cujo currículo é baseado no método de resposta à intervenção, com foco na ação cognitiva, autoajuda, linguagem e habilidades motoras. Estes formadores deixaram cartões que descrevem as atividades a serem feitas pelas crianças e seus pais, que foram incentivados a aplicá-los na vida diária até a próxima visita.
No momento em que alcançaram os 3 anos, as crianças provenientes de meios desfavorecidos tinham escores de desenvolvimento cognitivo e psicomotor “estatisticamente indistinguível” das crianças que estavam em famílias com muitos recursos.
As conclusões são especialmente promissoras para áreas com infraestrutura limitada, segundo eles, porque as intervenções não exigem salas de aula.
Com o desenvolvimento da neurociência, cada vez mais encontramos este tipo de trabalho. A Fundação José Luiz Egydio Setúbal, por meio do Instituto PENSI, tem realizado atividades em creches na Zona Leste e Sul de São Paulo, mostrando a importância dos cuidados à primeira infância.
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Fonte: “Home-Based Early Intervention and Influence of Family Resources on Cognitive Development”
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Atualizado em 26 de setembro de 2024