Com a epidemia de sobrepeso e obesidade que se inicia na infância e agrava-se na adolescência no mundo atual, há uma observação da diminuição do exercício físico entre crianças e jovens, sendo este um fator de prevenção deste fenômeno e uma maneira de promoção de saúde. Desde a Grécia Clássica se sabe que “mente sã em corpo são”, são os segredos de uma boa saúde.
Um estudo americano avaliou os níveis de atividade física ao longo de 4 anos no ensino médio e transição para a vida adulta nos EUA. Os pesquisadores realizaram revisões anuais de estudantes em 44 escolas representando comunidades urbanas, suburbanas e rurais, e constataram que menos de 9% dos participantes somaram os 60 minutos ou mais recomendados de atividade moderada a vigorosa por dia. No entanto, notaram que os contextos sociais, tais como a frequência escolar, podem desempenhar um papel importante.
Em cidades como São Paulo, onde há a preocupação com a violência e poucos lugares disponíveis para a prática esportiva, além de pouco interesse das escolas públicas e privadas em promover atividades físicas diversas e interessantes para seus alunos, não temos uma cultura do esporte como em outros países.
Este estudo mostra que alunos do ensino médio não recebem a quantidade recomendada de exercício diário e que há probabilidade que esse padrão continue na transição para a idade adulta. Isto mostra, como mais um exemplo, que o papel das escolas não está sendo de educar bem nossos jovens para serem adultos sadios. Como pai e avô (no meu caso) me questiono sobre se estou fazendo o meu papel com meus filhos e netos, proporcionando chance de fazermos atividades físicas e ao ar livre em conjunto.
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Fonte: Pediatrics October 2016, VOLUME 138 / ISSUE 4
Changes in Moderate-to-Vigorous Physical Activity Among Older Adolescents
Kaigang Li, Denise Haynie, Leah Lipsky, Ronald J. Iannotti, Charlotte Pratt, Bruce Simons-Morton
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Atualizado em 27 de setembro de 2024