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Por Fátima Rodrigues Fernandes
Diretora executiva do Instituto PENSI
Presidente da Asbai
Assumir a presidência da Asbai (Associação Brasileira de Alergia e Imunologia) é um desafio e também uma oportunidade de conectar conhecimentos, ampliar horizontes e reforçar a missão do Instituto PENSI de transformar a saúde infantil no Brasil. A Asbai tem um histórico sólido de promover avanços no diagnóstico e tratamento de alergias, imunodeficiências e outras condições que afetam milhões de brasileiros. Agora, como presidente dessa instituição, posso contribuir para aproximar suas iniciativas da visão ampla e integrada que o PENSI traz para a pediatria.
No Instituto PENSI, trabalhamos com uma abordagem que une ciência, empatia e educação. Formamos médicos que atendem e entendem as crianças e suas famílias. Só para citar um entre muitos projetos nos quais estamos engajados, levamos educação e saúde para além dos grandes centros urbanos, com projetos como o Telessaúde Nordeste, que oferecem atendimento a populações vulneráveis em regiões distantes. Essa e muitas outras experiências nos dão a base para entender as necessidades reais de quem mais precisa.
Na Asbai, vejo uma oportunidade de fortalecer as pontes entre especialização e prática. Alergias e imunodeficiências têm um impacto silencioso e, muitas vezes, subestimado, especialmente em crianças. Um diagnóstico preciso e um tratamento adequado podem mudar vidas, mas para isso precisamos investir em educação continuada, treinamento médico e pesquisa. A sinergia entre a Asbai e o PENSI pode ampliar o impacto dessas ações.
A integração entre as instituições já é real. Participamos de redes de pesquisa sobre a prevalência da anafilaxia e imunodeficiências.Além disso, a Asbai pode colaborar na formação de residentes do PENSI, oferecendo cursos de qualidade em imunologia e alergias pediátricas. Do mesmo modo, os avanços em pesquisas conduzidas no PENSI, como as ligadas à saúde respiratória e ao impacto ambiental no desenvolvimento infantil, podem beneficiar diretamente as iniciativas da Asbai.
Essa parceria não se limita à prática médica. Também há espaço para ampliar campanhas de conscientização, fundamentais para levar informações confiáveis à população. Um exemplo seria desenvolver materiais educativos sobre alergias alimentares, que afetam tantas crianças e são pouco compreendidas. No PENSI, já temos experiência com esse tipo de campanha e, com o apoio da Asbai, podemos alcançar ainda mais pessoas.
Outro ponto essencial é o investimento em inovação. A pandemia de covid-19 mostrou a importância de tecnologias como a telemedicina e de iniciativas baseadas em dados, algo que o PENSI já aplica em vários projetos. A Asbai pode incorporar essas ferramentas em suas atividades, potencializando o alcance de suas ações na atualização de médicos de todo o país.
Como presidente da Asbai, espero construir um futuro em que essas instituições coexistam e cooperem ativamente. O objetivo final é sempre o mesmo: transformar a saúde infantil, educar profissionais de excelência e melhorar a vida das crianças e de suas famílias. Esse é o caminho que nos une e nos fortalece.