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Novamente falaremos sobre bullying
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Novamente falaremos sobre bullying

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27/11/2017
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No Dia Mundial de Combate ao Bullying, 20 de outubro, um adolescente de 14 anos atirou em quatro colegas e dois morreram em uma escola de Goiânia. Soube-se, então, que o menino havia conseguido a arma pois seus pais são policiais e que ele sofria bullying na escola.

Bullying é o termo utilizado para descrever atos de violência física ou psicológica, intencionais e repetidos, praticados por um indivíduo ou grupo, causando dor e angústia, sendo executadas dentro de uma relação desigual de poder. Tal relação consiste em incutir as mais diversas formas de violência, inclusive nos ambientes escolares. Abaixo, listo três dicas importantes para combater essa prática abusiva.

1- Tome uma atitude, reaja: “O verdadeiro bullying só acontece em situações em que os mais novos se encontram por conta própria, sem a companhia e a tutela de adultos, sem ainda ter condições para tal.”

2- “Palavras podem machucar. Não faça parte disto”, tome uma atitude.

3- O preço do silêncio: quando você fica em silêncio vendo alguém sendo agredido, seja por palavras ou por atitudes, você está colaborando com o bullying. Tome uma atitude, reaja, saia do silêncio.

Parece que todas essas coisas aconteceram com o garoto, que, infelizmente para todos, tinha acesso a armas de fogo, pela profissão de seus pais. Quando ocorre uma desgraça como esta, as pessoas ficam surpresas em ver o que estava acontecendo e como ninguém tomou providências. Falhou a escola, falharam os colegas, falharam as famílias, enfim, o sistema falhou.

Bullying é um dos temas mais abordados nesse blog, e não é à toa, pois sua incidência, não só nas escolas e entre crianças e adolescentes, vem crescendo. A generalização das redes sociais é um dos facilitadores deste tipo de abuso, mas me parece que nossas opções de como criar nossos filhos também têm uma parcela nisso.

Uma sociedade mais materialista, hedonista, com valores individualistas, sem noção de cidadania e com preocupação com as aparências leva a situações de estresse para aqueles que são diferentes, são mais sensíveis ou vulneráveis, e por vezes eles acabam explodindo com consequências terríveis como esta de Goiânia.

A Sociedade Brasileira de Pediatria lançou no início de novembro um “Guia Prático de atualização” com este assunto, para melhor orientar os pediatras e profissionais que lidam com crianças e adolescentes.

Saiba mais sobre o assunto:

Fontes:

  1. http://www.sbp.com.br/fileadmin/user_upload/20032d-GPA_-_Bullying.pdf
  2. https://gauchazh.clicrbs.com.br/comportamento/noticia/2017/10/o-que-o-ataque-a-tiros-em-goiania-tem-a-ensinar-sobre-bullying-cj961unls03ji01oyl36f2ak4.html
  3. http://veja.abril.com.br/blog/o-leitor/goiania-2017-precisamos-falar-sobre-bullying/

As informações contidas neste site não devem ser usadas como um substituto para o cuidado médico e orientação de seu pediatra. Pode haver variações no tratamento que o pediatra pode recomendar com base em fatos e circunstâncias individuais.

Atualizado em 8 de novembro de 2024

Dr. José Luiz Setúbal

Dr. José Luiz Setúbal

(CRM-SP 42.740) Médico Pediatra formado na Santa Casa de Misericórdia de São Paulo, com especialização na Universidade de São Paulo (USP) e pós-graduação em Gestão na Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP). Pai de Bia, Gá e Olavo. Avô de Tomás, David e Benjamim.

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