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Nutrientes para o desenvolvimento cerebral durante os primeiros mil dias de vida
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Nutrientes para o desenvolvimento cerebral durante os primeiros mil dias de vida

Nutrientes para o desenvolvimento cerebral durante os primeiros mil dias de vida

14/02/2018
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Nova orientação fornece aos provedores de cuidados de saúde informações para ajudar as crianças a obter nutrientes específicos necessários para criar cérebros saudáveis ​​durante a janela crítica entre a concepção e os dois anos de vida, período chamado pelos americanos dos primeiros 1.000 dias.

O ambiente saudável, incluindo o nutricional, de um bebê durante os primeiros 1.000 dias de vida é fundamental para a saúde mental e desenvolvimento ao longo da vida, como já é sabido há alguns anos e que divulgamos sempre que temos chances.

O artigo publicado na Pediatrics de fevereiro de 2018 “Advocacy for Improving Nutrition in the First 1000 Days To Support Childhood Development and Adult Health” cita pesquisas que revelam as sequências rápidas e complexas do crescimento cerebral que ocorrem entre a concepção e a idade de 2 anos de vida. Quantidades adequadas de minerais essenciais, vitaminas e macronutrientes, como proteínas e certas gorduras durante o período pré-natal e os primeiros anos de bebês e crianças pequenas, podem ajudar a evitar déficits permanentes na função cerebral.

O fundamento estrutural do cérebro, juntamente com bilhões de células cerebrais e trilhões de conexões entre elas, é construído durante esta sensível janela de tempo, e os principais nutrientes fornecem os blocos de construção necessários para que o cérebro de uma criança possa crescer e se desenvolver normalmente e não danificar o cérebro do indivíduo para o resto de sua vida.

Para isso, a AAP pede aos pediatras que se movam além de simplesmente recomendarem uma “boa dieta”, para garantir que as mulheres grávidas e as crianças pequenas tenham acesso a alimentos que forneçam quantidades adequadas de nutrientes para o desenvolvimento do cérebro. Estes incluem proteínas, zinco, ferro, colina, folato, iodo, ácidos graxos poliinsaturados de cadeia longa e vitaminas A, D, B6 e B12. Entre as etapas recomendadas para ajudar a garantir o acesso a esses nutrientes:

Apoiar a amamentação: apoiar as mulheres em relação à amamentação, que fornece nutrientes, fatores de crescimento e tipos de células não encontradas na fórmula, que podem desempenhar um papel no desenvolvimento do cérebro. A Sociedade Brasileira de Pediatria recomenda amamentação exclusiva até seis meses de idade, se possível, e continuando após a introdução de sólidos pelo menos durante o primeiro ano.

Advogado para programas de apoio nutricional: a AAP convida os pediatras a defender os níveis local, estadual e federal para fortalecer os programas de nutrição com foco na nutrição materna, fetal e neonatal.

Promover escolhas alimentares saudáveis: pediatras e outros prestadores de cuidados de saúde infantil podem recomendar alimentos que fornecem os nutrientes críticos para o desenvolvimento do cérebro durante momentos particularmente importantes.

A pesquisa continua a mostrar o papel crítico das funções de nutrição precoce no desenvolvimento do cérebro. Uma das maneiras mais inteligentes e baratas de aumentar as chances das crianças terem uma vida mais saudável ​​e mais produtiva é garantir que elas tenham os alimentos de que precisam.

Saiba mais:

 

Fonte: Pediatrics January 2018

Advocacy for Improving Nutrition in the First 1000 Days To Support Childhood Development and Adult Health

Sarah Jane Schwarzenberg, Michael K. Georgieff, COMMITTEE ON NUTRITION

As informações contidas neste site não devem ser usadas como um substituto para o cuidado médico e orientação de seu pediatra. Pode haver variações no tratamento que o pediatra pode recomendar com base em fatos e circunstâncias individuais.

Atualizado em 22 de novembro de 2024

Dr. José Luiz Setúbal

Dr. José Luiz Setúbal

(CRM-SP 42.740) Médico Pediatra formado na Santa Casa de Misericórdia de São Paulo, com especialização na Universidade de São Paulo (USP) e pós-graduação em Gestão na Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP). Pai de Bia, Gá e Olavo. Avô de Tomás, David e Benjamim.

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