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Outro dia, vi o documentário brasileiro chamado “Elena”, da cineasta mineira Petra Costa. O filme conta a história da irmã dela, Elena, que cometeu suicídio aos 20 anos após uma crise de depressão.
Li numa reportagem que o aumento de suicídio entre os jovens brasileiros foi de 30% nos últimos 25 anos. Com curiosidade, fui atrás de mais números e fiquei muito impressionado com o que encontrei. Em 2009, 196 jovens entre 10 e 14 anos, e 566 jovens entre 15 e 19 anos cometeram suicídio no Brasil. Uma pesquisa realizada nos Estados Unidos, com estudantes de escolas públicas e privadas entre 9 e 12 anos, mostrou que 15% dos alunos consideram seriamente o suicídio, 11% disseram ter criado um plano de ação e 7% tentaram tirar a própria vida nos 12 meses que antecederam a pesquisa.
Estudos feitos por psiquiatras brasileiros e do exterior consideram que uma sociedade cada vez mais individualista e menos solidária faz com que os jovens se sintam sem uma rede de apoio. Existem tópicos que dizem que é necessário ser feliz e ter sucesso, ideias muito difundidas pelas redes sociais.
Outras causas deste aumento parecem estar relacionadas com o uso e abuso de drogas e álcool, e o aumento da depressão entre crianças e adolescentes, todos vistos como fatores de risco para o suicídio. Saiba quais pontos devem ser observados entre pais e professores quando se há suspeitas de casos como esse:
• Histórico de tentativas anteriores de suicídio;
• Depressão ou outros distúrbios mentais;
• Abuso de álcool e drogas;
• Perda ou algum fator recente de stress;
• Fácil acesso a métodos letais (como armas, venenos, etc).
Pais e cuidadores devem se atentar e perder o preconceito de levar os filhos ao psicólogo ou ao psiquiatra quando houver o menor sinal de depressão que, muitas vezes, vai se manifestar como agressividade e inconformismo, comumente confundidos com as crises da adolescência.
Fonte: Veja Online
Atualizado em 13 de maio de 2024