Instituto PENSI – Estudos Clínicos em Pediatria e Saúde Infantil

Os escorpiões estão por aí, tome cuidado!

O Estado de São Paulo registrou um recorde histórico de ataques de escorpiões em 2023, com 49.381 casos, segundo a Secretaria Estadual de Saúde. O número de ocorrências é o mais alto desde 1988, quando foi iniciada a estatística, e 13% maior do que o recorde anterior, em 2022, quando houve 43.817 casos.

Os dados do Centro de Vigilância Epidemiológica (CEV) da pasta indicam que os acidentes com escorpiões estão em crescimento contínuo em território paulista. De 738 casos em 1988, o número evoluiu para 2.379 em 2000, chegou a 15.340 em 2015 e saltou para 36.109 em 2020 e, agora, beiramos os 50 mil casos. No Brasil, segundo o último boletim do Ministério da Saúde, em 2021 foram registrados 159.934 acidentes com escorpiões, resultando em 133 mortes.

As espécies com mais acidentes são o escorpião-amarelo (Tityus serrulatus) e o marrom (Tityus bahiensis). Eles são encontrados em todas as regiões do Estado. As faixas etárias de adultos e idosos são as mais acometidas por picadas, mas o grupo etário que mais sente a ação do veneno são crianças – a cada 10 acidentadas, uma evolui para quadro clínico grave.

De acordo com um estudo do Laboratório de Artrópodes do Instituto Butantã, foram registradas mais de 20 mil ocorrências de picadas de escorpião nos últimos anos nas regiões urbanas do Estado de São Paulo, sendo que 10 mil ocorreram apenas na capital paulista.

O acúmulo de lixo em moradias, entulhos em terrenos baldios, velhas construções, pilhas de madeira, tijolos e caixas de luz são os locais que lideram o índice de concentração de escorpiões que fazem desses lugares seus esconderijos.

A dor causada pela picada do escorpião tem início imediato e a intensidade é variável conforme a evolução do veneno. Em crianças, as manifestações do efeito da picada podem ser mais graves e acarretam quadros de náuseas e vômitos, alteração na pressão sanguínea, agitação e falta de ar. Quando isso acontece, o recomendado é lavar o local da picada com água e sabão e fazer compressas mornas que ajudam a aliviar a dor. Segundo o site do Ministério da Saúde, não é recomendado fazer o torniquete (ou garrote), furar, cortar, queimar, espremer e/ou fazer sucção na ferida. Lembre-se de levar o paciente ao médico assim que o acidente acontecer.

Os principais causadores das picadas em centros urbanos são os escorpiões-amarelos e marrons. Eles se caracterizam pela fácil adaptação em ambientes sem saneamento básico e com acúmulo de lixo. Além disso, o desmatamento e o crescimento desordenado das áreas urbanas favorecem os ataques, uma vez que os animais ficam desabrigados e buscam alimentos dentro das residências.

As cinco dicas de prevenção para não sofrer picadas de escorpião são:

Para pesquisadores do Instituto Butantã, o aumento no número de acidentes com escorpiões está relacionado ao avanço do desmatamento e à capacidade de adaptação do animal. O escorpião se urbanizou, se acostumou a viver ao redor do homem, principalmente nas periferias dos municípios.

Fonte:

https://www.estadao.com.br/sao-paulo/sp-tem-recorde-historico-de-ataques-por-escorpioes-casos-aumentam-no-verao/

Saiba mais sobre o assunto:

https://www.hospitalinfantilsabara.org.br/sintomas-doencas-tratamentos/picadas-de-escorpioes/

https://institutopensi.org.br/blog-saude-infantil/mais-uma-vez-os-escorpioes-estao-de-volta/

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