Durante o mês de julho, os jovens foram às ruas clamar por um Brasil melhor. Em maioria, o que se viu foram manifestações pacíficas. Porém, quem mora nas grandes cidades, sempre se depara com notícias sobre jovens mortos por violência em assaltos, brigas e acidentes. Na revista Pediatrics de agosto, li um artigo que assusta quem tem filhos adolescentes, embora nossa realidade seja bem diferente quando o assunto é porte de arma entre os jovens, algo muito comum entre os americanos.
A violência armada é a segunda principal causa de morte entre aqueles que vivem nos Estados Unidos, com idades entre 14 e 24 anos. Em um estudo, pesquisadores da Universidade de Michigan analisaram a demografia de:
• Porte de arma;
• Histórico de violência.
Entre os 689 jovens de alto risco, o departamento de emergência urbana relatou que 23% teve alguma lesão durante um assalto com porte de arma. Em média, adolescentes do sexo masculino eram mais propensos a ter um revólver em comparação às meninas. Cerca de 14% dos jovens tinham idade inferior a 18 anos e 32% tinham filhos.
Jovens com armas de fogo eram mais propensos a usar drogas ilícitas, a se envolver em uma luta séria e a endossar atitudes agressivas que aumentam o risco de violência retaliatória. Um total de 37% confirmou que tinham uma arma, principalmente para proteção. Porém, a maioria acreditava que “a vingança é uma coisa boa” e que era “ok machucar as pessoas se fossem provocadas em primeiro lugar”.
Os autores do estudo concluem que a prevenção de lesões são esforços que devem se concentrar em minimizar o acesso de armas de fogo entre os jovens de alto risco por meio da promoção de alternativas não violentas para a violência retaliatória e para a prevenção de abuso de substâncias.
Como se vê, as coisas são diferentes. Mas nem tanto. Os jovens menores de idade praticam crimes horrorosos e são encaminhados para programas de assistência social onde não se recuperam. Em parte devido aos bandidos que entram de forma ilegal no país e às drogas em abundância nas ruas das Cracolândias. Está na hora da sociedade rever as leis e as políticas para pressionar os governos a agirem de forma mais eficaz.
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Fonte: Pediatrics
Atualizado em 14 de maio de 2024