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Prevalência do autismo: aumenta a estimativa para 1 em 59 crianças
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Prevalência do autismo: aumenta a estimativa para 1 em 59 crianças

Prevalência do autismo: aumenta a estimativa para 1 em 59 crianças

14/08/2018
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A dificuldade de se diagnosticar o Transtorno do Espectro Autista faz parecerem exagerados os números americanos, que não são encontrados em outros lugares do Mundo. Fica sempre a dúvida se os americanos diagnosticam demais ou os outros países que diagnosticam menos.

Os Centros de Controle e Prevenção de Doenças dos EUA (CDC) divulgaram em abril a atualização bienal da prevalência do autismo entre as crianças americanas, com base em uma análise de registros médicos de 2014 e, quando disponíveis, registros educacionais de crianças de oito anos de 11 locais de monitoramento nos Estados Unidos. Esta nova estimativa representa um aumento de 15% na prevalência nacional: uma em 59 crianças – dois anos antes, era de uma em 68.

No entanto, as estimativas de prevalência do autismo variaram amplamente entre os locais de monitoramento, com números significativamente maiores nos locais onde os pesquisadores tinham acesso total aos registros escolares.

Isso sugere que os novos números nacionais refletem uma persistente subcontagem da verdadeira prevalência do autismo entre as crianças do país.

A ONG americana Autism Speaks chama atenção dos legisladores, agências de saúde pública e os Institutos Nacionais de Saúde para avançar na pesquisa que nos ajuda a entender melhor o aumento da prevalência e as complexas necessidades médicas que frequentemente acompanham o autismo.

O Autism Speaks pede também aos líderes do governo para promover políticas que forneçam melhor apoio e serviços individualizados em áreas como educação, transição para a vida adulta, opções residenciais e emprego.

As cinco principais conclusões do novo relatório incluem:

1- Nacionalmente, uma em 59 crianças teve um diagnóstico de Transtorno do Espectro do Autismo (TEA) aos oito anos em 2014, um aumento de 15% em relação a 2012;

2- Mas as taxas estimadas variaram, com uma alta de um em 34 no mais alto índice encontrado até a prevalência do autismo de apenas um em 77 no Estado com índice mais baixo. Isso sugere que a nova estimativa de prevalência nacional de um em 59 ainda pode refletir uma baixa prevalência real do autismo;

3- A diferença de gênero no autismo diminuiu. Enquanto os meninos foram quatro vezes mais propensos a serem diagnosticados do que as meninas em 2014, a diferença foi menor do que em 2012, quando os meninos foram 4,5 vezes mais diagnosticados que as meninas. Isso parece refletir uma melhor identificação do autismo em meninas;

4- As crianças brancas ainda eram mais propensas a serem diagnosticadas com autismo do que as crianças de minorias. No entanto, a diferença étnica diminuiu desde 2012, particularmente entre crianças negras e brancas. Isso parece refletir uma maior conscientização e triagem em comunidades minoritárias. No entanto, o diagnóstico de autismo entre crianças hispânicas ainda é significativamente inferior ao das crianças não hispânicas;

5- Lamentavelmente, o relatório não encontrou nenhuma diminuição geral na idade do diagnóstico. Em 2014, a maioria das crianças ainda estava sendo diagnosticada após os quatro anos de idade, embora o autismo possa ser diagnosticado com confiança já aos dois anos de idade. O diagnóstico precoce é crucial, pois a intervenção precoce oferece a melhor oportunidade para apoiar o desenvolvimento saudável e proporcionar benefícios ao longo da vida.

Saiba mais sobre este assunto:

Fonte: https://www.autismspeaks.org

As informações contidas neste site não devem ser usadas como um substituto para o cuidado médico e orientação de seu pediatra. Pode haver variações no tratamento que o pediatra pode recomendar com base em fatos e circunstâncias individuais.

Atualizado em 13 de dezembro de 2024

Dr. José Luiz Setúbal

Dr. José Luiz Setúbal

(CRM-SP 42.740) Médico Pediatra formado na Santa Casa de Misericórdia de São Paulo, com especialização na Universidade de São Paulo (USP) e pós-graduação em Gestão na Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP). Pai de Bia, Gá e Olavo. Avô de Tomás, David e Benjamim.

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