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Redes sociais são para crianças?
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Redes sociais são para crianças?

Redes sociais são para crianças?

01/03/2018
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Mais uma polêmica se instala sobre as redes sociais. O Messenger Kids, aplicativo de mensagens voltado especialmente para crianças, foi lançado nos EUA em dezembro de 2017 pelo Facebook, e é alvo de protesto. Organizadas pela Campanha por uma Infância Livre de Comerciais, 19 organizações, entre as quais a Common Sense Media e a Public Citizen, enviaram uma carta aberta para Mark Zuckerberg (presidente do Facebook).

O texto, assinado por pediatras, psiquiatras e educadores, afirma que esta é uma iniciativa irresponsável que estimula as crianças a usarem o Facebook desde pequenas e que um crescente número de estudos mostra que o uso excessivo de mídias sociais é danoso para crianças e adolescentes, o que torna bastante provável que o novo aplicativo prejudique o desenvolvimento saudável dessas crianças.

O Mundo está mudando freneticamente, o fenômeno das mídias sociais é algo que veio para ficar. Cada vez mais as pessoas se comunicam através delas, seja no âmbito pessoal, seja no âmbito profissional. Em muitos lugares existem grupos de WhatsApp, a plataforma de comunicação mais usada no Brasil. Ela reúne pais de escolas, amigos, médicos que dão plantão em algum hospital, para citar alguns exemplos. E as crianças, vendo tudo isso, será que não teriam a mesma vontade, o mesmo desejo de conversar com seus amigos através delas?

Não sou defensor de mídias sociais, mas vejo muitos benefícios em usá-las. Não sou contra uso de aparelhos como tablets e smartphones por crianças, mas acho que os pais precisam regular o seu uso.

Outro dia, conversando com meu neto Tomás, de oito anos, ele me disse que queria ser Youtuber quando ele crescesse e me mostrou uma série de programas de youtubers voltados para crianças. Na televisão passa uma propaganda de uma fornecedora de serviços digitais que aparece um garoto que é um youtuber, todos o chamam de tampinha, parece ser bullying, mas quando ele chega em casa e liga o computador vira o Tampinha, seu nome artístico de youtuber.

Não tenho uma opinião formada sobre o Messenger Kids, mas não assinaria uma carta em movimento contra. Acho que os pais devem tomar as rédeas da educação e formação de seus filhos. Devem escolher se darão ou não o tablet ou o smartphone, devem escolher quais canais e programas da TV são adequados para seus filhos. Devem determinar quanto tempo eles podem ver TV, jogar games ou usar as telas. Para orientá-los, existem pediatras, psicólogos, educadores, as escolas e até as próprias redes sociais, mas a decisão é deles e não deve ser tomada porque todo mundo deixa ou faz, a decisão deveria ser fruto de uma reflexão séria sobre o assunto.

“Meu ponto é que não é porque nos imaginamos agindo em nome do bem que estamos autorizados a impor nossas visões de mundo a quem delas não deseja compartilhar. Sem o reconhecimento de que nem tudo é uma verdade absoluta e de que nem toda verdade se aplica a todos (o mundo é um lugar complexo), a própria ideia de fazer o bem fica comprometida”, diz Helio Schwartsman no final de seu editorial e que uso aqui para terminar meu post.

Leia também: Redes sociais: Conversando sobre o YouTube com seus filhos!

Fontes:

https://messengerkids.com/

https://www1.folha.uol.com.br/colunas/helioschwartsman/2018/02/o-bem-o-messenger-e-as-criancas.shtml

http://www1.folha.uol.com.br/mercado/2018/01/1954596-messenger-kids-do-facebook-sofre-criticas.shtml

https://www.commonsensemedia.org/blog/new-strategies-to-get-kids-to-create-media-not-just-consume-it

 

As informações contidas neste site não devem ser usadas como um substituto para o cuidado médico e orientação de seu pediatra. Pode haver variações no tratamento que o pediatra pode recomendar com base em fatos e circunstâncias individuais.

Atualizado em 25 de novembro de 2024

Dr. José Luiz Setúbal

Dr. José Luiz Setúbal

(CRM-SP 42.740) Médico Pediatra formado na Santa Casa de Misericórdia de São Paulo, com especialização na Universidade de São Paulo (USP) e pós-graduação em Gestão na Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP). Pai de Bia, Gá e Olavo. Avô de Tomás, David e Benjamim.

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