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Tartarugas de estimação podem ser fonte de doença
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Tartarugas de estimação podem ser fonte de doença

Tartarugas de estimação podem ser fonte de doença

30/06/2016
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As vendas de pequenas tartarugas foram proibidas nos Estados Unidos há 40 anos, depois que pesquisadores determinaram que os animais de estimação causaram cerca de 280 mil infecções por salmonela em cada ano, principalmente em crianças.

No Brasil, existem duas tartarugas aquáticas mais vendidas ilegalmente, e uma delas é a tigre d’água brasileira, contrabandeada aos milhares todos os anos. Na época da postura desta espécie na natureza, os traficantes marcam as desovas ou transferem os ovos para lugares onde os filhotes não possam escapar ao nascerem. Depois, são oferecidos para lojas de aquários ou agropecuários por um terço do valor da tartaruga criada legalmente. O modismo entre as crianças, a falta de informação dos pais e a irresponsabilidade de traficantes de animais e comerciantes ainda causam danos ao meio ambiente e ao Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama). As tartarugas, nacionais e importadas, hoje são uma espécie de praga. Tudo porque, depois que crescem, são rejeitadas pelos donos.

Uma nova análise do Centro para Prevenção e Controle de Doenças Americano (CDC) constatou que, embora a proibição de tartarugas com menos de 8 cm de comprimento tenha ajudado a reduzir doenças associadas à tartaruga, hoje o público, em grande parte, desconhece que as tartarugas frequentemente carregam Salmonela e os surtos continuam a ocorrer.

A análise “Surtos de salmonelose de pequenas tartarugas” identifica oito surtos, entre 2011 e 2013, que resultaram em 473 doenças em 41 estados e territórios norte-americanos.

Como foi o caso em 1970, a maioria das doenças ocorreu entre as crianças, que são mais propensas a tocar suas bocas enquanto brincam com os bichos e aumentam a exposição à bactéria potencialmente mortal. Dada a grande população pediátrica afetada, pediatras e seus funcionários são excepcionalmente orientados a educar as famílias sobre medidas que podem tomar para reduzir o risco de salmonelose associada à tartaruga.

Como se vê, tartarugas podem ser vendidas livremente no Brasil, mas há de se ter dois tipos de cuidados: o de comprar de criadores autorizados pelo IBAMA e os cuidados com a salmonelose, que passam por hábitos de higiene, como lavar as mãos com água e sabão após brincar com o bichinho ou o terrário, local onde ele defeca. Além disso, evite deixar a tartaruga circulando livremente pela casa, não permita que ela nade na pia da cozinha ou que suba em locais em que a refeição é preparada.

Leia também: Doenças transmitidas por animais

Fonte: OUTBREAKS OF SALMONELLOSIS FROM SMALL TURTLES

As informações contidas neste site não devem ser usadas como um substituto para o cuidado médico e orientação de seu pediatra. Pode haver variações no tratamento que o pediatra pode recomendar com base em fatos e circunstâncias individuais.

Atualizado em 16 de setembro de 2024

Dr. José Luiz Setúbal

Dr. José Luiz Setúbal

(CRM-SP 42.740) Médico Pediatra formado na Santa Casa de Misericórdia de São Paulo, com especialização na Universidade de São Paulo (USP) e pós-graduação em Gestão na Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP). Pai de Bia, Gá e Olavo. Avô de Tomás, David e Benjamim.

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