Instituto PENSI – Estudos Clínicos em Pediatria e Saúde Infantil

Tomada de decisões compartilhadas com famílias de crianças com deficiência

Tomada de decisões nas famílias de crianças com deficiência

Tomada de decisões nas famílias de crianças com deficiência

No Sabará Hospital Infantil lidamos diariamente com muitos casos de deficiências das mais variadas formas. Procuramos sempre atender aos pais, fazê-los entender os problemas e ajudá-los a encontrar o melhor caminho ou solução da situação. Neste artigo, a AAP procura fazer uma metodologia para a decisão compartilhada entre as famílias e até entre o paciente e a equipe técnica, quando isso é possível.

Famílias de crianças com deficiência enfrentam muitas decisões sobre tratamento médico. A natureza e a complexidade dessas decisões podem variar amplamente e podem envolver diagnóstico, avaliação, tratamento, gerenciamento de cuidados e serviços de suporte. Discutir e chegar a um consenso sobre essas decisões pode ser estressante para a criança, a família e os clínicos envolvidos e é importante que as vozes de todas as partes interessadas sejam ouvidas. Muitas vezes, na discussão dos planos de tratamento, existem lacunas entre os valores da família, as prioridades e a compreensão das “melhores escolhas” percebidas e as opiniões do clínico.

Para ajudar a orientar os clínicos a abordar exitosamente essas discussões, a Academia Americana de Pediatria emitiu um novo relatório clínico “Tomada de decisão compartilhada e crianças com deficiência: caminhos para o consenso”, publicado na revista Pediatrics de junho de 2017.

As principais características da tomada de decisão compartilhada incluem a garantia de que a informação seja trocada em ambas as direções, de que todas as partes estejam conscientes das opções de tratamento e que todos tragam suas prioridades relacionadas ao conhecimento e aos valores igualmente no processo de tomada de decisão.

Os autores observam que é melhor começar cedo com o desenvolvimento de consensos sobre decisões de rotina, de modo que, no caso de precisar tomar decisões mais importantes, já foi estabelecida uma estrutura. Eles também observam que é importante incluir as crianças nessas discussões e fornecer-lhes informações (com base na idade e no desenvolvimento) sobre sua condição. Isso pode ajudá-los a entender suas condições e opções de tratamento, reduzir o medo, aumentar a autoconfiança, bem como a aceitação e melhorar a colaboração com as decisões de tratamento.

Leia também: Pessoa com Deficiência: é hora de incluir!

Fonte: Pediatrics – June 2017, VOLUME 139 / ISSUE 6

From the American Academy of Pediatrics

Clinical Report: Shared Decision-Making and Children With Disabilities: Pathways to Consensus

Richard C. Adams, Susan E. Levy,

COUNCIL ON CHILDREN WITH DISABILITIES

As informações contidas neste site não devem ser usadas como um substituto para o cuidado médico e orientação de seu pediatra. Pode haver variações no tratamento que o pediatra pode recomendar com base em fatos e circunstâncias individuais.

Atualizado em 23 de outubro de 2024

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