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O dia 21 de setembro marca o início da primavera e o Dia Nacional de Luta da Pessoa com Deficiência. A data foi instituída em 2005 com o objetivo de conscientizar sobre a importância do desenvolvimento de meios de inclusão para pessoas com deficiência na sociedade. O preconceito e a inacessibilidade pública são responsáveis por dificultar a vida dessas pessoas e, como pontos centrais, precisam ser debatidos nesta data.
As comemorações ocorrem desde 1982 e foram uma iniciativa do Movimento pelos Direitos das Pessoas Deficientes (MDPD), grupo que debate propostas de transformações sociais há mais de 40 anos.
Pessoa com deficiência é a que possui limitação ou incapacidade para o desempenho de atividades e requer atenção integral que compreenda ações de promoção, prevenção, assistência, reabilitação e manutenção da saúde. As deficiências se enquadram nas seguintes categorias:
No dia 27 de setembro, participei – assim como fiz no ano passado e que foi uma chance muito boa para conhecer mais sobre o assunto e como a instituição lida com esse grupo – de uma “Conversa com o Presidente” com cuidadores com algum tipo de deficiência.
Essas conversas ocorrem, normalmente, a cada 15 dias desde 2006, somente foi interrompida pela pandemia. A participação do cuidador é voluntária e, em cada sessão, participam oito pessoas. O intuito é que esses cuidadores possam ter contato e conversem com o presidente da instituição, trazendo queixas, elogios, problemas ou o que mais quiserem. Ao mesmo tempo, é uma oportunidade de o presidente conhecer seus funcionários. Nesses mais de dez anos, muitas sugestões foram acolhidas, muitas queixas ouvidas e muitos elogios agradecidos e transmitidos a quem é de direito.
Nesse ano, o departamento de Desenvolvimento Humano sugeriu que repetíssemos uma conversa entre o presidente e os funcionários com deficiência. No dia 20 de setembro, nos reunimos no auditório da Instituição: 32 pessoas com deficiência das 51 que trabalham conosco participaram, juntamente com um tradutor de libras, eu, o diretor de pessoas, Mauricio Alvez da Silva e Lucyanne Masson, do DH e sua equipe que organizou o evento.
Foram quase duas horas de reunião com muitas trocas de experiências, energias e histórias. Houve muita emoção, sugestões de como a Instituição poderia melhorar a vida deles, agradecimentos e algumas queixas e relatos de preconceitos, como era esperado. Fiquei muito feliz em ver que sugestões feitas no ano anterior foram rapidamente acolhidas e algumas coisas muito simples resolvidas.
Para mim, ficou a felicidade de ter participado dessa experiência, com a certeza de liderar uma equipe inclusiva, que sabe acolher as pessoas com deficiência, e a esperança que consigamos atender aos pedidos para melhorar a vida desses cuidadores em um breve espaço de tempo, sempre que for detectada alguma necessidade. Precisamos trabalhar o preconceito dentro da instituição, sabendo que esse é um problema estrutural da nossa sociedade, mas devemos começar na nossa casa.
A inclusão da criança com deficiência é uma das bandeiras de nossa Fundação e devemos ampliá-la aos nossos cuidadores, pois se acreditamos na construção de uma sociedade melhor, devemos iniciar com as ações afirmativas no nosso próprio quintal, devemos ser o exemplo de nossas falas!
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