PESQUISAR

Sobre o Centro de Pesquisa
Sobre o Centro de Pesquisa
Residência Médica
Residência Médica
Uso de medicação que vicia em crianças
Compartilhar pelo Facebook Compartilhar pelo Twitter Compartilhar pelo Google Plus Compartilhar pelo WhatsApp
Uso de medicação que vicia em crianças

Uso de medicação que vicia em crianças

14/07/2017
  4399   
  0
Compartilhar pelo Facebook Compartilhar pelo Twitter Compartilhar pelo Google Plus Compartilhar pelo WhatsApp

A morte de grandes astros como Michael Jackson ou Prince devido a excesso de medicações para dor que precisaram usar e dos quais ficaram viciados, leva muitos pediatras a restringir o uso de medicação derivada do ópio da prescrição médica, mesmo em caso de necessidade ou dor extrema.

Os EUA consomem a maior parte da oferta mundial de opiáceos prescritos, e estudos mostram que esta é uma tendência crescente. Uma consequência é um aumento no uso não-médico de opioides, visitas de emergência e mortes por overdose.

Um estudo financiado pelo Instituto Nacional sobre o Abuso de Drogas, “Tendências no uso médico e não médico de opioides prescritos entre adolescentes dos EUA: 1976-2015”, publicado na edição de abril de 2017 da revista Pediatrics, encontrou uma forte correlação entre o uso de opioides médicos e não médicos entre adolescentes, particularmente meninos.

Para aqueles que abusaram ou se viciaram nas drogas, geralmente foram prescritos opioides por um médico primeiro. Os pesquisadores examinaram os resultados do estudo “Monitorando o Futuro”, uma amostra transversal e representativa nacional de alunos do último ano do ensino médio dos Estados Unidos que frequentaram aproximadamente 135 escolas públicas e privadas de 1976 a 2015.

O uso médico de opioides prescritos é correto em determinadas situações, mas a maioria dos adolescentes que relatam uso não-médico de opioides têm uma história de uso médico de opioides prescritos. O estudo revelou um declínio recente no uso não-médico de opiáceos de prescrição que coincide com declínios semelhantes no uso médico, e os pesquisadores esperam que essas quedas sejam devido ao aumento da vigilância na prescrição de opioides, que levarão a uma redução nas consequências relacionadas.

Os pesquisadores concluíram que, devido a essa correlação entre o uso de opiáceos prescritos e não prescritos em adolescentes, os profissionais de saúde que os prescrevem a adolescentes devem estar preocupados, mas que é necessário investigar mais para examinar as associações entre uso médico de prescritos, uso não médico, e distúrbios de uso de opioides ao longo da vida.

Cabe a nós, médicos pediatras, escrevermos protocolos de dor para utilizarmos os medicamentos de forma correta e baseada em evidências científicas. Não ter medo de usar no caso correto e não usar quando não é necessário. Crianças com câncer, que sofrem cirurgias grandes, que são vítimas de traumas, entre outras, sentem muita dor e devem receber a medicação para aliviar isso, mas de maneira correta.

Saiba mais:

A dor e o estresse na emergência pediátrica

Uso de opioide e suicídio em jovens

Uso de opioides no Brasil

Fonte: Pediatrics – March 2017

As informações contidas neste site não devem ser usadas como um substituto para o cuidado médico e orientação de seu pediatra. Pode haver variações no tratamento que o pediatra pode recomendar com base em fatos e circunstâncias individuais.

Atualizado em 25 de outubro de 2024

Dr. José Luiz Setúbal

Dr. José Luiz Setúbal

(CRM-SP 42.740) Médico Pediatra formado na Santa Casa de Misericórdia de São Paulo, com especialização na Universidade de São Paulo (USP) e pós-graduação em Gestão na Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP). Pai de Bia, Gá e Olavo. Avô de Tomás, David e Benjamim.

deixe uma mensagem O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

posts relacionados

INICIATIVAS DA FUNDAÇÃO JOSÉ LUIZ EGYDIO SETÚBAL
Sabará Hospital Infantil
Pensi Pesquisa e Ensino em Saúde Infantil
Autismo e Realidade

    Cadastre-se na nossa newsletter

    Cadastre-se abaixo para receber nossas comunicações. Você pode se descadastrar a qualquer momento.

    Ao informar meus dados, eu concordo com a Política de Privacidade de Instituto PENSI.