Muitos pais tendem a pensar em vacinas como algo necessário para lactentes e crianças jovens, mas menos importantes mais tarde na vida. Na verdade, adolescentes e adultos jovens muitas vezes contraem doenças que seriam evitáveis por vacinação, incluindo coqueluche, sarampo e meningite. Eles precisam de proteção contra doenças infecciosas também.
Os adolescentes devem continuar a ver seus pediatras ou outros médicos regularmente. Todos os adolescentes (ou seus pais) devem manter um registro atualizado das suas imunizações. Muitos vão precisar de mais vacinas quando forem adolescentes, especialmente se eles perderam alguma das imunizações pelo caminho.
Diretrizes para vacinas específicas para adolescentes da Academia Americana de Pediatria (AAP) e outras organizações médicas:
Tétano-Difteria pertussis acelular (dTpa) ou tétano-difteria (Td) .
A vacina dTpa é recomendada para reforço em adolescentes, adultos e idosos. Para crianças com mais de 7 anos, adolescentes e adultos que não tomaram ou sem registro de três doses de vacina contendo o toxoide tetânico anteriormente, recomenda-se uma dose de dTpa seguida de duas ou três doses da dT. As gestantes devem receber uma dose de dTpa, a cada gestação, a partir da 20ª semana. Se não vacinadas durante a gravidez, devem receber uma dose após o parto, o mais precocemente possível.
Meningocócica (ACWY)
A vacina conjugada meningocócica (ACWY) é recomendada para crianças com idade entre 11 e 12 anos, como dose de reforço. Para adolescentes que nunca receberam a vacina meningocócica conjugada ACWY, são recomendadas duas doses com intervalo de cinco anos. Para adultos, dose única, a depender de risco epidemiológico ou condição de saúde.
Papiloma vírus humano (HPV)
A vacina contra o HPV é recomendada para meninos e meninas de 9 a 14 anos, com o objetivo de proteger as crianças antes da exposição ao vírus. No caso da HPV4, disponível no Programa Nacional de Imunizações, é realizada dose única. Já a HPV9, encontrada nos serviços privados, é aplicada em duas doses, com seis meses de intervalo.
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Gripe
Todos os adolescentes, bem como crianças a partir de 6 meses de idade e adultos, devem ser vacinados anualmente com a vacina contra influenza. No Brasil, só a população de risco recebe as doses da vacina de gripe nos postos de saúde.
Hepatite B
Crianças mais velhas, adolescentes e adultos não vacinados no primeiro ano de vida, devem tomar três doses da vacina, com intervalo de um ou dois meses entre a primeira e a segunda doses e de seis meses entre a primeira e a terceira.
Adolescentes com idade superior a 18 anos possuem maior risco de contrair hepatite B, talvez por serem sexualmente ativos, viverem na mesma casa que uma pessoa infectada com hepatite B ou terem sido expostos no trabalho. No Brasil, a vacina para Hepatite B é dada de rotina em bebês (ao recém-nascido na maternidade e depois aos 2, 4 e 6 meses).
Sarampo, caxumba e rubéola (SCR ou tríplice viral)
É necessário verificar os registros de vacinação do adolescente para ter certeza de que ele recebeu duas doses da vacina SCR. Para crianças mais velhas, adolescentes e adultos não vacinados ou sem comprovação de doses aplicadas, a SBIm recomenda duas doses, com intervalo de um a dois meses.
Varicela
Esta vacina deve ser dada aos adolescentes que nunca tiveram catapora e nunca receberam esta imunização. Para crianças até 12 anos, o intervalo mínimo entre doses é de três meses. Já para adolescentes e adultos suscetíveis são indicadas duas doses com intervalo de um a dois meses.
Pneumocócica
Esta vacina deve ser dada aos adolescentes e adultos com doenças crônicas que aumentam o risco para doença pneumocócica invasiva ainda não vacinados. Nesses casos, recomenda-se dose única de VPC13 ou VPC15, complementando a vacinação com a vacina pneumocócica polissacarídica 23-valente.
Fontes:
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- Source Caring for Your School-Age Child: Ages 5 to 12 (Copyright © 2004 American Academy of Pediatrics)
- Ministério da Saúde
- Sociedade Brasileira de Imunizações (SBIM)
As informações contidas neste site não devem ser usadas como um substituto para o cuidado médico e a orientação de seu pediatra. Podem haver variações no tratamento que o profissional pode recomendar com base em fatos e circunstâncias individuais.
Atualizado em 3 de setembro de 2024