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Hoje, 14 de agosto, é o Dia do Cardiologista. Nesse texto, contextualizamos ressaltamos o que é a cardiopatia congênita e falamos da importância do acompanhamento de um cardiologista pediátrico durante a infância em crianças com cardiopatias.
A cardiopatia congênita compreende uma série de alterações na estrutura do coração e de seus vasos, podendo surgir já nas primeiras oito semanas de gestação. As malformações cardíacas são consideradas uma das formas mais frequentes de anomalia congênita ao nascimento, sendo estimado que cerca de 10 em cada 1.000 recém-nascidos vivos sejam afetados, prevendo-se que cerca de 25% dessas crianças necessitarão de algum procedimento, seja cirúrgico ou por cateterismo, no primeiro ano de vida.
A idade e apresentação clínica da doença varia de acordo com a patologia, tendo como sintomas mais comuns a falta de ar, cansaço aos esforços e às mamadas, cianose (coloração arroxeada da pele), arritmias, síncope e hipertensão arterial. Além disso, com a maior divulgação do ecocardiograma fetal, o diagnóstico precoce tem possibilitado a a diminuição da morbimortalidade da doença na criança, pois promove ações de saúde como programação do parto em hospitais que realizem cirurgias cardíacas já no período neonatal, uso de medicamentos essenciais à vida do bebê, além da possibilidade de intervenção intrauterina se o caso for favorável. Os avanços dos tratamentos têm propiciado maior tempo e qualidade de vida a estas crianças acometidas por esses agravos.
Há estudos que têm demonstrado uma íntima relação entre a presença de cardiopatia congênita complexa e alterações no desenvolvimento físico e motor, e uma maior incidência de distúrbios de aprendizagem nesta população. Junto a estes dados, some-se o fato que as crianças cardiopatas por vezes fazem uso de medicação contínua (que deve ser ajustada conforme ganho de peso), apresenta particularidades referentes a imunização (como no caso de pacientes que não tem timo ou o uso recomendado de Palivizumabe durante inverno), além de cuidados relacionados a prevenção de endocardite infeciosa e a aspectos nutricionais, que objetivam melhora na oferta calórica e protéica da dieta.
Ainda que os pacientes cardiopatas possuam uma condição de saúde estável, é fundamental o seguimento com o cardiopediatra, pois ele será capaz de alinhar todos estes pontos junto a família e a criança, promovendo saúde e garantindo qualidade de vida, minimizando o impacto da doença através de intervenções seguras e precisas, proporcionando chegar a fase adulta como um ser humano capaz de produzir o que desejar, construindo um mundo melhor.
Saiba mais:
https://institutopensi.org.br/12-de-junho-dia-de-conscientizacao-da-cardiopatia-congenita/
https://institutopensi.org.br/blog-saude-infantil/a-crianca-e-a-cardiopatia-congenita/