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A importância do Ômega-3 DHA no desenvolvimento da criança – Quais são as novas recomendações?
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A importância do Ômega-3 DHA no desenvolvimento da criança – Quais são as novas recomendações?

A importância do Ômega-3 DHA no desenvolvimento da criança – Quais são as novas recomendações?

07/03/2023
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Você sabe o que é DHA?

O DHA (ácido docosahexaenoico) é um dos ômegas 3 amplamente estudado, devido sua importância no desenvolvimento neurológico e visual (retina) e, atualmente, cada vez mais relacionado também à prevenção de doenças crônicas não transmissíveis, por atuar como um antioxidante (ação anti-inflamatória).

Sabe-se que 15% do cérebro do bebê é composto de DHA e que, até os 3 anos de idade, ocorre a formação de quase 70% do cérebro da criança. A ingestão desse ômega-3 é fundamental em todas as fases da vida, mas considerando todas as informações acima, sua maior atenção se dá em fases precoces: gestação, lactância (fase que compreende os 2 primeiros anos de vida) e infância (dos 2 aos 6 anos).

O DHA é conhecido por ser um ácido graxo semi essencial, não é produzido pelo organismo em quantidade suficiente, portanto, precisa ser adquirido através da alimentação para que atinja a sua necessidade completa.

Mas quais são os alimentos fontes de DHA?

As principais fontes de DHA são os peixes de águas frias e marinhas, como atum, sardinha, salmão e arenque, além das algas marinhas e linhaça. Recomenda-se o consumo de três porções (de aproximadamente 65 a 80 gramas cada) por semana para que se obtenha uma quantidade boa de ômega-3.

Durante a gestação, a mãe passa DHA – assim como todos os demais nutrientes – para o bebê. Depois, o bebê (até 6 meses) irá adquiri-lo por meio do aleitamento materno exclusivo ou da ingestão de fórmula infantil adequada para idade. A partir da introdução alimentar, é recomendado que o bebê tenha a oferta de alimentos fontes (peixes de águas frias e marinhas), de duas a três vezes na semana, e que se mantenha em aleitamento materno e/ou, quando necessário, receba a fórmula infantil adequada para idade, contendo o ômega-3.

Pensando em toda sua importância no desenvolvimento da criança, em setembro de 2022 a Associação Brasileira de Nutrologia (ABRAN) atualizou seu consenso de recomendação de DHA durante a gravidez, lactação e infância. De forma resumida, o consenso traz as seguintes informações e recomendações:

  • A oferta de DHA para o bebê durante a gestação é dependente da ingestão de ômega-3 pela gestante por via alimentar e, suplementar (realizada pelo médico ou nutricionista);
  • Para a mãe que amamenta, a concentração de DHA no leite materno é dependente do consumo de alimentos fontes e da suplementação materna;
  • A recomendação de DHA durante a gestação e lactação é de 200mg e pode ser realizada como suplementação a ser prescrita pelo médico ou pelo nutricionista;
  • Para bebês e crianças de mães que não ingerem quantidade suficiente de DHA, ou bebês que não tenham acesso ou não ingerem quantidade adequada de fórmula infantil com DHA, a recomendação é de:

Para bebês de 6-24 meses 10-12mg/kg/dia.

Para crianças de 2 a 4 anos: 100-150mg/dia.

Para crianças de 4 a 6 anos: 150-200mg/dia.

Vale considerar que é essencial a avaliação médica e nutricional para uma prescrição individualizada. Consulte seu nutricionista.

 

Raquel Ricci

Raquel Ricci

Nutricionista e pesquisadora do Centro de Excelência em Nutrição e Dificuldades Alimentares (CENDA) do Instituto PENSI. Possui especialização em Saúde da Criança e do Adolescente pela Universidade Federal de São Paulo e formação em Pesquisa Clínica (Invitare).

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