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A Organização Mundial da Saúde, a Academia Americana de Pediatria e a Sociedade Brasileira de Pediatria recomendam a amamentação exclusiva (apenas leite materno e medicamentos ou suplementos de micronutrientes, mas sem outros líquidos ou sólidos) durante os primeiros 6 meses de vida de seus filhos.
Estudos têm demonstrado que a maioria das mães nos Estados Unidos não amamenta exclusivamente seus bebês durante 6 meses, mas pouco se sabe sobre quanto tempo as mães haviam planejado amamentar. No Brasil, pelo levantamento feito em 2006, os números são semelhantes.
Em um novo estudo, “Baby-Friendly Hospital Practices and Meeting Exclusive Breastfeeding Intention”, os pesquisadores dos Centros para Controle e Prevenção de Doenças investigaram com as mulheres grávidas sobre suas intenções para o aleitamento materno exclusivo e, em seguida, acompanharam com exames mensais durante o ano seguinte ao nascimento do bebê.
Os autores do estudo encontraram 85% das mães que planejavam amamentar exclusivamente por 3 meses ou mais. No entanto, apenas 32,4% das mães conseguiram realizar.
As mães casadas e que já haviam tido outro bebê antes, eram mais propensas a amamentar de acordo com o planejamento. Outros fatores que melhoraram as chances de uma mãe realizar seus objetivos com relação à amamentação eram iniciá-la uma hora depois do nascimento e não dar suplementos alimentares como fórmulas infantis ou chupetas no hospital. Mães obesas, fumantes ou que amamentavam em menos tempo, eram menos propensas a cumprir suas intenções.
Os autores do estudo concluem que as práticas hospitalares, particularmente dando apenas leite materno no hospital, podem ajudar as mães a amamentarem mais, durante o tempo que elas planejarem.
Apesar de as taxas de amamentação no Brasil crescerem continuamente a cada ano, os valores observados no país ainda são considerados baixos pela Organização Mundial de Saúde (OMS). Enquanto a entidade considera ideal que todas as crianças de até 6 meses recebam o leite materno, a Pesquisa Nacional sobre Demografia e Saúde consolidada em 2006 pelo Ministério da Saúde, apontava que 39% das crianças nessa faixa etária recebiam o leite da mãe. Analisando a situação do aleitamento, segundo áreas urbanas e rurais, verificou-se que a diferença vem diminuindo substancialmente. Em crianças de até 6 meses, a diferença entre as áreas urbanas e rurais foi de 25% em 1975. Em 1989, era de 10%. Neste estudo foi de 2%.
Fundamental para a prevenção de doenças e da mortalidade infantil, o aleitamento materno também é objeto de outras ações do Ministério, como a Rede Brasileira de Bancos de Leite Humano, Hospital Amigo da Criança, Proteção Legal ao Aleitamento Materno, Mobilização Social e Monitoramento dos Indicadores de Aleitamento Materno e o “Brasil Carinhoso”.
Leia também: Benefícios do aleitamento materno: por que amamentar?
Fontes:
1. Correio Braziliense em 01/02/2009
2. SITUAÇÃO DO ALEITAMENTO MATERNO NO BRASIL
3. “Baby-Friendly Hospital Practices and Meeting Exclusive Breastfeeding Intention,” in the July 2012 Pediatrics (published online June 4)
Atualizado em 26 de março de 2024