Estudo aponta que o contato direto das crianças com rãs africanas é prejudicial

Não tão comum como nos EUA, mas não incomum em São Paulo, este artigo trata de perigos em ter um animal de estimação exótico. No caso, rãs africanas.

Um surto nacional em humanos de Salmonella Typhimurium causou infecções em crianças entre os anos de 2008 a 2011, e estava ligada às rãs anãs africanas mantidas como animais de estimação. O surto foi descrito no estudo “EUA: Surto de Salmonelose em humanos associados às rãs aquáticas, 2008-2011“, publicado na edição de abril de 2013 da revista Pediatrics.

Os pesquisadores identificaram 376 casos em 44 estados. Nenhum paciente morreu, apesar de 29% deles terem sido hospitalizados. As infecções ocorreram, principalmente, entre as crianças menores de 10 anos. Investigadores rastrearam a fonte da infecção para uma instalação de criação que é fornecido aos distribuidores de rãs em todo o país. Poucos pacientes estavam cientes do risco de Salmonella de répteis e de anfíbios.

Os autores do estudo concluem que os pais devem ser informados sobre o risco de infecção e da necessidade de lavar as mãos. Crianças menores de 5 anos de idade estão em maior risco de graves infecções por Salmonella e deve evitar contato com as rãs anãs africanas, seja na água onde vivem ou em tanques ou aquários. O habitat das rãs deve ser lavado fora de casa, e não na cozinha ou na pia do banheiro.

Este artigo mostra que cuidar de animais exóticos pode trazer risco para a família. Antes de comprar esses animais, procure se informar com dados confiáveis e não só pela fala dos vendedores.

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Por Dr. José Luiz Setúbal
Fonte: U.S. Outbreak of Human Salmonella Infections Associated with Aquatic Frogs | Pediatrics