Na minha vida como pediatra, sempre fui questionado pelos pais e avós sobre a importância e os perigos de se ter um animalzinho dentro de casa, como cães e gatos, perto dos bebês. Na edição de agosto da revista Pediatrics, saiu um artigo muito interessante sobre o assunto que vai poder orientar os familiares.
As crianças que têm um cão, um gato ou entram em contato com outros animais de estimação durante o primeiro ano de vida se tornam mais saudáveis e possuem menos infecções respiratórias em comparação com aquelas que não interagem com eles.
Os pesquisadores focados no estudo Respiratory Tract Illnesses During the First Year of Life: Effect of Dog and Cat Contacts, acompanharam 397 crianças na Finlândia, da gravidez até a idade de 1 ano, e analisaram o período de contato delas com cães e gatos, a cada semana.
Os pesquisadores concluíram que, apesar das infecções respiratórias e sintomas infecciosos, que são frequentes durante o primeiro ano de vida, as crianças que tiveram um contato precoce com cães apresentaram menos sintomas respiratórios e doenças infecciosas, especialmente no ouvido, e precisaram de uma quantidade menor de antibióticos.
O contato com gatos também mostrou um efeito protetor sobre as crianças, mas não tão forte quanto os cães. Os pequenos que vivem dentro de um mesmo ambiente que um cachorro, muitas vezes, possuem menor risco de infecções gerais, inclusive, no trato respiratório.
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Esses resultados sugerem que o contato com cães pode ter um efeito protetor sobre as infecções do trato respiratório durante o primeiro ano de vida. Isto apoia a teoria de que, nesse período, o contato com animais de estimação é importante, o que leva a uma possível melhora na resistência de doenças respiratórias infecciosas na infância.
Atualizado em 1 de abril de 2024