Nadar traz inúmeros benefícios para a saúde, como melhorar a capacidade circulatória e cardiorrespiratória, desenvolver os músculos, dar mais flexibilidade e resistência, além de equilíbrio e coordenação motora. Por isso, o incentivo à piscina deve começar cedo, bebês a partir de 6 meses já podem ser estimulados a aproveitar os benefícios do exercício na água.
No entanto, pais e responsáveis precisam tomar cuidado para evitar acidentes. No verão, época em que as pessoas tendem a ir mais para piscinas e estão descontraídas, é quando aumenta o número de acidentes envolvendo crianças. Por isso, é importante ficar atento a alguns cuidados para garantir a segurança:
- Independente da criança estar com boia ou não, os pais devem ficar por perto, observando-a todo o tempo em que estiver na água. A boia traz uma falsa sensação de segurança e é preciso estar atento;
- Mesmo quando a piscina é rasa e dá pé para a criança, a atenção deve ser mantida. A criança pode perder o equilíbrio, sentir uma câimbra, passar mal ou mesmo se distrair com algo que coloque sua vida em risco;
- Do lado de fora, é preciso estar atento às brincadeiras na beira da piscina. Uma distração pode fazer com que a criança caia na água e, no susto, levar ao desespero e afogamento;
- É importante utilizar piscinas em que o cloro da água não seja muito agressivo, evitando rinite, crises de asma ou dermatite. Verifique sempre se o cloro não está forte demais para o pequeno;
- Ao fornecer brinquedos para a criança se distrair na água, tome cuidado para não se distrair também. Permaneça com ela durante a brincadeira.
Vale lembrar que uma criança pode se afogar muito rapidamente. No caso de bebês, o afogamento pode ocorrer com 3cm a 5cm de profundidade em uma banheira, por exemplo. Se a criança tiver menos de 4 anos, é fundamental ter sempre um adulto perto dela, de preferência dentro da água, ou ao alcance dos braços. Isso porque existem situações em que é preciso agir muito rápido.
No caso da criança estar perto dos pontos de sucção que bombeiam a água para os filtros da piscina, por exemplo, o risco de acidente é grande. Eles podem puxar o cabelo, os membros ou mantê-la submersa, causando afogamento. Estando ao alcance, é mais fácil evitar qualquer acidente e, caso ele aconteça, haja tempo para reação.
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Por Dr. Felipe Monti Lora, médico pediatra do Hospital Infantil Sabará.
Atualizado em 25 de julho de 2024