Quando era o responsável pela Pediatria dos hospitais que trabalhei, e particularmente após vir para o Sabará Hospital Infantil, costumava dizer aos médicos do Pronto-Socorro que, para um pai, tudo que está errado com seu filho é uma EMERGÊNCIA, mesmo que seja a febre de 37,2°C ou uma leve tosse com coriza.
Quando seu filho está realmente doente ou ferido, pode ser difícil dizer se um serviço de cuidados de emergência é a melhor escolha. É importante manter a calma e reconhecer a diferença entre uma emergência médica e uma situação em que um tipo diferente de cuidado pode ser mais apropriado.
Como primeiro passo em situações de não emergência, a Academia Americana de Pediatria (AAP) recomenda ligar para o consultório do seu pediatra para discutir quais são as necessidades reais do seu filho. Exemplos de situações médicas de não emergência:
- Pequenas queimaduras;
- Dor de ouvido ou garganta;
- Olhos vermelhos;
- Infecção urinária possível ou provável;
- Manchas vermelhas ou infecções leves de pele;
- Dor de barriga, mesmo com vômitos ou diarreia leves;
- Pancadas com hematomas;
- Corpos estranhos em ouvido e nariz;
- Coriza e tosses;
- Alergias.
Lembre-se: para situações de não emergência, primeiro chame o pediatra do seu filho. Se você acredita que uma lesão ou doença está ameaçando a vida do seu filho ou pode causar danos permanentes, vá para o serviço de emergência ou ligue para uma ambulância. Se o seu filho está gravemente doente ou ferido, é mais seguro que seja transportado para o serviço de emergência de ambulância. Veja alguns exemplos de situações de urgência ou emergência:
- Grandes ferimentos com sangramentos que não param;
- Febre alta acima de 38°C em crianças menores de 60 dias ou por mais de 48 horas;
- Convulsões que demoram mais de 2 minutos em crianças sem história anterior de convulsão;
- Qualquer situação após trauma na cabeça em que a criança apresente:
- Dor de cabeça forte e persistente
- Confusão mental
- Vômitos
- Irritabilidade
- Dificuldade de caminhar
- Perda de consciência;
- Fratura de ossos;
- Dor abdominal muito forte;
- Queimaduras extensas;
- Vermelhidão com febre e dor no pescoço;
- Envenenamento ou ingestão de medicamentos errados;
- Dor nos olhos;
- Picada de animais peçonhentos;
- Alterações psiquiátricas extremas, como agitação ou depressão;
- Doenças crônicas como asma, diabetes, convulsões etc.
Se você não tem certeza se é uma verdadeira emergência, nunca hesite em ligar para um pediatra, eles estão muito acostumados a receber chamadas telefônicas em todos os momentos e muitas vezes podem lidar com problemas por telefone. Se o seu pediatra não consegue vê-lo, mas acredita que seu filho deve ser examinado, ele ou ela irá aconselhá-lo em relação ao local mais apropriado para o seu filho receber cuidados e a rapidez com que seu filho deve ser visto.
Leia também:
10 coisas que os pais devem saber antes de se dirigirem ao PS
Quando seu filho precisa ir aos Serviços Médicos de Emergência
Pronto Atendimento ou consultório do pediatra?
Fonte: Seção sobre Pediatria Desenvolvimento e Comportamental (SODBP) (Copyright © 2015 Academia Americana de Pediatria)
As informações contidas neste site não devem ser usadas como um substituto para o cuidado médico e orientação de seu pediatra. Pode haver variações no tratamento que o pediatra pode recomendar com base em fatos e circunstâncias individuais.
Atualizado em 7 de novembro de 2024