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Era uma vez…
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13/04/2016
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Na instituição escola, podemos observar o esforço significativo de algumas professoras para incentivarem ou trabalharem com as crianças o ato de escrever. Estudos, observações, projetos pedagógicos, atividades variadas interligando as diferentes áreas do conhecimento, filmes, jogos, livros, jornais e outros portadores de textos… Enfim, estratégias e métodos de alfabetizar e letrar que são trabalhados para o desenvolvimento da leitura e escrita pela escola, mas que serão adquiridos com a participação dos pais. Com todas estas ofertas, experiências e planejamentos contextualizados, ainda assim, as atividades de leitura e escrita amedrontam algumas crianças.

Pensando nesse momento, ou no processo de ler e escrever, que pode ser desgastante para alguns, gostaria de sugerir aos pais leituras que tragam significados para o cotidiano de seus filhos, como os conteúdos que abordam conflitos, medos, diferenças, contradições, egoísmo, para que possam exercitar a organização de seus pensamentos. A partir daí, já estamos propiciando esta construção, porque há uma conexão com o mundo real e nossos dias. É um dos pontos ou das ações que levam à formação do leitor e, consequentemente, da escrita, porque há sentido, há importância.

Se pensarmos de forma mais prática, a leitura feita ou apresentada pelo adulto é uma fonte que liberta o escrever, por isso pode ser mediada e construída facilitando as descobertas. Assim como o adulto pode se libertar verdadeiramente com a leitura, a criança igualmente o fará. Leia para seu filho! Comente com ele o que entendeu do texto ou do conto. Compare com o atual e o social. Em outro momento, combinem que ele seja o contador da história. Podem fazer momentos de leitura em família ou entre amigos.

Para Piaget, “o processo do conhecimento é contínuo, se dá do nascimento até a morte, porém, até os oito anos, o jogo simbólico é uma forma de pensamento, porque a criança ainda se vincula ao lúdico e à imaginação.”

Para incentivarmos a leitura a nossos filhos, o ponto principal é sermos leitores. Em seguida, oferecer obras de diferentes gêneros, poesias, com temáticas também variadas e podendo ser escolhidas, pois, na comparação com algumas das dificuldades das personagens em seus dias, podemos fazer paralelos com o mundo atual. Aprendemos com as dúvidas, com o outro e com o grupo, pois, assim que as crianças se iniciam na vida social, suas experiências vão se ampliando, levando-as ao seu autoconhecimento e às mudanças.

Por esta razão, obras como as fábulas, os contos clássicos da literatura apropriados às idades, os contos folclóricos, os contos de fadas, embora bastante polêmicos, são narrativas imprescindíveis à infância! Eles proporcionam aventuras, brincadeiras, criatividade, conhecimento, dúvidas, trazem grandes descobertas e fantasias, levam ao questionamento… Para as crianças, além do encontro com o imaginário, ter o momento da leitura como um carinho é fundamental para sua segurança e desenvolvimento. A criança pode interpretar seu contexto, sua vida, pode se identificar com alguma passagem da história, ou algum personagem, pode pôr em xeque algum comportamento e, dessa forma, buscar resoluções e amplificar seu olhar.

Como é bom ter fantasias, se divertir e sonhar! Incentive seu pequeno a buscar a leitura! Com ela, é possível recontar as histórias, aumentar o vocabulário, tentar imitar a arte, ser feliz, criticar, mergulhar nas ideias… Isso é lindo! É desafiador! É construtivo!

Leia também: Dicas para criar o hábito da leitura infantil

Atualizado em 6 de setembro de 2024

Liliam Abrão Martins

Liliam Abrão Martins

Liliam Abrão Martins, é professora de Ed. Fundamental I, Educação Infantil, Psicopedagoga e Analista Junguiana. Rua Mairinque, 171 – Vila Mariana 04037-020 – São Paulo/SP Tel: (11) 2577-5433

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