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Fazendo do limão uma limonada
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Fazendo do limão uma limonada

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10/09/2013
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Uma doença ou uma enfermidade é sempre um fato doloroso. Quando necessita-se de uma internação, pior ainda. Em se tratando de crianças e de adolescentes, há ainda o envolvimento maior da família e uma mudança na rotina, pois o (a) paciente não pode ficar sozinho (a), necessitando de um acompanhante durante todos os momentos.

E agora?

Muita coisa muda, pois a disponibilidade tem que ser total. E há a mudança de lar, mesmo que temporária. Muitos são os dias passados no hospital e muitas são as noites dormidas nele, um lugar que acaba por se tornar uma segunda casa.

Não é fácil deixar a vida em suspenso. Bem como o trabalho, a rotina, as obrigações, a casa. Passar uma temporada internada (o) junto ao filho pode ser complicado, realmente. Em muitos casos pode, inclusive, ser um desafio e uma nova descoberta. O período de internação é de grande preocupação e cuidado, mas, ao mesmo tempo, de um convívio intenso, impossível no dia a dia normal, tão cheio de tarefas e de compromissos.

É comum na rotina diária não haver tempo para interação entre os pais e os filhos, pois ela é tão preenchida por afazeres que não restam momentos para haver uma maior convivência, conversas e até mesmo carinhos. Os dias e as noites passados no hospital podem então se transformar em uma grande oportunidade para desfrutar a companhia do filho (a) intensamente, sem a interferência de outros (salvo, claro, os momentos normais dos cuidados hospitalares). É um momento muito próximo.

Inicialmente pode haver estranhamento, frustração, tédio, sensação de clausura. Claro que tudo vai depender da estadia hospitalar. Quanto mais longa, maiores esses sentimentos, mas maiores são as trocas. Mesmo em períodos pequenos (que é o esperado), isso também pode acontecer. Afinal, qual foi a última vez que você conseguiu passar 24 horas direto com seu filho (a), sem interferências externas?

Então, por pior que seja uma internação, ela pode se transformar em momentos de convívio intensivo muito gostoso e importante para os pais e os filhos. Que tal aproveitar dessa forma? Afinal, olhando sempre pelo lado positivo, pelo melhor ângulo, tudo fica mais fácil. E, em se tratando de algo imposto, sem planejamento (ninguém escolhe ficar doente), o melhor é tirar o maior proveito. Jogos, conversas, brincadeiras (dentro do possível, claro), cuidados, até mesmo assistir um programa na televisão, podem ser momentos muito benéficos que a internação acaba por proporcionar.

Há essa possibilidade em oposição ao tédio, ao assistir televisão sem parar no quarto do hospital, às reclamações, às frustrações e às irritações, que não permitem dar oportunidade para esse convívio mais próximo. Certamente tentar usufruir de forma construtiva e proveitosa, seja qual for o motivo da internação, será extremamente vantajoso e, muitas vezes, uma experiência nova.

É como dizem: pode-se fazer do limão uma limonada.

Leia também: Por que escolher um hospital exclusivamente pediátrico?

Por Letícia Rangel, psicóloga

Atualizado em 14 de maio de 2024

Comunicação PENSI

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mensagem enviada

  • Acácia disse:

    Seu texto remeteu-me a infância.
    Caxumba, sarampo e catapora pra mim trazem lembranças afetivas.
    O amor certamente ajuda a suplantar as dificuldades de uma doença.

    • Letícia Rangel disse:

      Que legal Acácia.
      Que bom que desses momentos de enfermidade, que poderiam ter sido más experiências, graças ao amor e carinho que recebeu, você guarda boas lembranças. Obrigada pelo seu comentário, ele mostra que realmente o limão pode se transformar numa boa limonada.
      Abraço, Letícia

  • Carlos Alberto disse:

    Leticia,

    Parabéns pelo artigo. Seu texto é muito fluido e serve de reflexão para muitos que passam por esta experiência de forma compulsória.

    Abraços,

    Carlos Alberto – FMU

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