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Temos escrito sobre a importância da vacinação e sobre as doenças que desapareceram ou se tornaram tão raras que perdemos o medo. Nos últimos dias saiu na imprensa o aumento expressivo de casos de Hepatite A em São Paulo. Aparentemente entre adultos.
A hepatite A é causada por um vírus e, em geral, é transmitida por oro-fecal, ou seja, o contágio se dá por meio de água e alimentos contaminados por fezes de pessoas infectadas. Em locais com pouco saneamento básico e com falta de hábitos de higiene, a doença é mais comum. As ostras e os mariscos são transmissores.
As crianças maiores e adolescentes são o grupo de risco para esta doença que, em geral, não é grave e se cura espontaneamente com cuidados básicos e tratamentos que aliviam os sintomas: dor, febre e náuseas. Raros são os casos que se complicam, mas existem quadros graves, como hepatite fulminante e hepatite crônica.
A vacina contra a Hepatite A deve ser dada até os dois anos e é recomendada pela Sociedade Brasileira de Pediatria para ser dada em duas doses (12 e 18 meses de idade). A imunização pode ser administrada juntamente à de Hepatite B.
Em recente artigo da Academia Americana de Pediatria, recomenda-se a todos os pediatras que insistam para que as crianças e adolescentes tomem as duas doses da vacina. A cobertura da imunização apurada é de somente 42%, o que deixa a população mais vulnerável e convivendo com a doença.
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Atualizado em 6 de novembro de 2024