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A introdução de alimentos sólidos é, muitas vezes, uma preocupação para os pais, pois a criança precisa ter um desenvolvimento neuromotor para engolir sem engasgar, e o medo que isso aconteça gera uma insegurança por vezes muito grande.
Um novo método de introdução de alimentos sólidos (alimentos complementares) está ganhando popularidade e levantando preocupações de que pode aumentar o risco de asfixia para crianças. O baby-led envolve a prática de permitir que as crianças se alimentem sozinhas desde o início de introdução alimentar, em vez do método tradicional em que o adulto dá a comida com a colher, em forma de purê ou amassada.
Um estudo publicado na revista Pediatrics tem o objetivo de determinar se o baby-led, neste caso modificado para lidar com os riscos de asfixia, está ligado a um aumento do risco de engasgos. Em um ambiente de teste envolvendo 206 crianças, os autores descobriram que crianças do grupo que seguia o método baby-led não apresentaram mais episódios de engasgo, ou com mais frequência do que crianças do grupo controle. No entanto, para as crianças de ambos os grupos, foram oferecidos alimentos considerados com risco de asfixia e muitas vezes não foram supervisionados de perto, enquanto comiam.
Os autores afirmam que estes resultados mostram que mais educação ao cuidador é necessária sobre os riscos de asfixia e sobre ambientes alimentares seguros relacionados à introdução alimentar.
Acredito que a conclusão dos cuidadores seja a coisa mais importante desta pesquisa. Hoje em dia, a recomendação de amamentar até os 6 meses exclusivamente com leite materno faz com que a introdução de alimentos complementares seja mais tardia que na época que me formei, e nesta idade, em geral, as crianças já possuem um desenvolvimento neuromotor adequado para a introdução de alimentos sólidos. O que fará a diferença será a paciência e a orientação do cuidador para dar o alimento à criança.
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Fonte: Pediatrics October 2016, VOLUME 138 / ISSUE 4
A Baby-Led Approach to Eating Solids and Risk of Choking
Louise J. Fangupo, Anne-Louise M. Heath, Sheila M. Williams, Liz W. Erickson Williams, Brittany J. Morison, Elizabeth A. Fleming, Barry J. Taylor, Benjamin J. Wheeler, Rachael W. Taylor
As informações contidas neste site não devem ser usadas como um substituto para o cuidado médico e orientação de seu pediatra. Pode haver variações no tratamento que o pediatra pode recomendar com base em fatos e circunstâncias individuais.
Atualizado em 30 de setembro de 2024