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Esta é uma frase muita ouvida e, em questão de saúde, é bastante verdadeira. Na pediatria em especial, a prevenção faz sentido e é um dos focos principais da atenção do médico das crianças.
A prevenção de doenças e de problemas em crianças deve começar no pré-natal com o acompanhamento frequente de um obstetra, com exames e vacinação (tétano, rubéola, hepatite B), antes mesmo de se engravidar. Se existirem doenças genéticas, talvez seja bom um aconselhamento com um geneticista.
Logo após o nascimento, existem algumas triagens para algumas doenças raras, que devem ser feitas. São os famosos exames do pezinho, do olhinho e da orelhinha.
Na triagem neonatal (“teste do pezinho”), afasta-se o risco de doenças como: fenilcetonúria (uma enfermidade genética que pode levar a gravíssimas lesões no sistema nervoso central), o hipotireoidismo congênito (pode causar uma série de problemas, incluindo deficiência intelectual e comprometimento do desenvolvimento físico), a anemia falciforme e outras alterações de hemoglobina (chamadas de hemoglobinopatias), fibrose cística, hiperplasia adrenal congênita, galactosemia, deficiência de biotinidase, deficiência de glicose-6-fosfato-desidrogenase (G6PD) e toxoplasmose congênita.
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O “teste do olhinho” pode detectar catarata, glaucoma congênito e outros problemas, cuja identificação precoce pode possibilitar o tratamento no tempo certo e o desenvolvimento normal da visão.
De cada mil crianças que nascem no Brasil, todos os anos, pelo menos duas apresentam algum tipo de problema na audição. O “teste da orelhinha” é feito para detectar precocemente as deficiências auditivas e é indicado para ser realizado ainda no berçário da maternidade, de forma rápida.
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A prevenção prossegue durante a primeira infância, com as vacinas que imunizarão as crianças contra doenças muito comuns e causadoras de mortes há 50 anos: poliomielite, difteria, tétano, coqueluche, rotavírus, hepatite A e B, doença meningocócica, pneumococo invasivo, sarampo, caxumba, rubéola, varicela (catapora) e às formas mais graves de tuberculose.
Um bom seguimento de puericultura (conjunto de meios médico-sociais para desenvolvimento de crianças saudáveis) também poderá prevenir a obesidade, diabetes e doenças que só aparecerão na idade adulta. Este deveria ser o objetivo dos pediatras: ajudarem os pais a criarem adultos saudáveis, tanto física como mentalmente.
Atualizado em 28 de fevereiro de 2024
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Excelentes as informações do texto, mas faltou falar do mais recente e não menos importante rastreio neonatal para detecção precoce de cardiopatias congênitas: a oximetria de pulso, mais conhecida como Teste do Coraçãozinho. Deve ser realizada após as primeiras 24h de vida, antes da alta da maternidade. Através de uma pulseirinha colocada na mãozinha e nos pés, verifica-se a “saturação” (quantidade de oxigênio no sangue) e apontando valores inferiores a 95% não se deve dar alta para o bebê, sendo necessário então outros exames para a verificação de uma possível cardiopatia congênita ou outras doenças graves.
A incidência da cardiopatia congênita é de 1 em cada 100 bebês nascidos vivos, e o teste detecta as consideradas críticas, que afetam 1 a 2 em cada 1000 bebês.
Muitos hospitais (maternidades) já realizam o teste e diversos estados e cidades brasileiras estão aprovando Leis para institui o Teste.
Mais inoformações > http://www.pequenoscoracoes.com
Com certeza a prevenção é a chave mestra de nossa saúde.Além destes maravilhosos dois exames,também há o teste do coraçãozinho,que nada mais é do que executar a oximetria,e verificar qquer anormalidade,caso haja,daí com exames mais específicos.Este teste já é lei municipal em várias cidades do Brasil.Este hospital com certeza nos dará uma apoio em relação a este assunto.A ONG AACC,está fazendo um esforço bem grande para que isto seja divulgado.Parabéns pela reportagem.
Está faltando comentar tbém sobre o teste do coraçãozinho.Obrigada.