As doenças preveníveis por vacinas deveriam ter o destino de acabarem, como foi o caso da varíola, mas ao invés disso, algumas destas doenças estão presentes em nossas vidas causando gastos do nosso escasso orçamento destinado à Saúde. Este é o caso do papiloma vírus humano ou HPV, que tem vacinação gratuita na rede pública, mas que, segundo números do Ministério da Saúde divulgados nessa semana, continua infectando os jovens.
O vírus do HPV é associado a diversos tipos de câncer, em especial o de colo de útero, e à verruga genital. Existem mais de quarenta tipos diferentes de HPV que podem resultar em doenças, alguns mais frequentes, outros mais raros. É uma doença sexualmente transmitida.
Mais da metade da população brasileira jovem, de 16 a 25 anos, está infectada com o HPV. A estimativa é de um estudo epidemiológico feito pelo Ministério da Saúde em todo o Brasil numa pesquisa com 7.586 pessoas, das quais 2.669 foram submetidas ao teste de HPV. A partir dos exames, a prevalência estimada do vírus foi de 54,6% da população dessa faixa etária. Deste grupo, 38,4% apresentam tipos de HPV de alto risco para o desenvolvimento de câncer.
A vacina contra a doença está no calendário oficial e disponível para meninas e meninos de 9 a 14 anos. Essa é a recomendação da Sociedade Brasileira de Pediatria. Embora o imunizante seja gratuito e esteja disponível em todos os postos de saúde do País, o governo federal tem tido dificuldades de alcançar a cobertura vacinal ideal. Nos últimos anos, a taxa de adesão tem ficado em 50%. O estudo mostrou ainda que 16,1% dos jovens têm alguma doença sexualmente transmissível (DST) prévia ou resultado positivo para HIV ou sífilis. A vacina contra o HPV pode ser aplicada em quem já deu início à atividade sexual, porém, se já estiver infectado, ela não será mais eficaz. Por ser uma vacina recente, ainda não está estabelecida qual a duração da proteção pelo uso da vacina.
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Atualizado em 8 de novembro de 2024