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Como lidar com a saúde sexual e reprodutiva com adolescentes
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Como lidar com a saúde sexual e reprodutiva com adolescentes

Como lidar com a saúde sexual e reprodutiva com adolescentes

01/11/2017
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Pais de jovens adolescentes ficam muito preocupados, após o início da puberdade, com a sexualidade de seus filhos. Como pediatra, gostava de hebiatria e sempre atendi adolescentes. Hoje, como pratico muito pouco a pediatria no consultório, sou muito questionado sobre esses assuntos de maneira informal, e pergunto sempre se não conversam sobre isso com seus pediatras. Para minha surpresa, poucos profissionais e poucos pais se sentem à vontade de tocar nesses assuntos.

A Academia Americana de Pediatria (AAP) está publicando “Serviços de Saúde Sexual e Reprodutiva em um ambiente pediátrico” para orientar os pediatras no fornecimento de serviços de saúde e educação adequados para adolescentes e adultos jovens para prevenir infecções sexualmente transmissíveis e gravidezes não intencionais.

O relatório foi publicado na Pediatrics de novembro, e orienta que os pediatras podem iniciar conversas sobre saúde sexual e reprodutiva durante uma visita única no consultório ou durante várias visitas. O relatório clínico recomenda estratégias para tornar a configuração do consultório mais amigável para os adolescentes, bem como orientações sobre como e quando introduzir a confidencialidade.

O relatório também detalha as recomendações sobre imunizações, como HPV, contracepção e aconselhamento para minimizar os riscos de infecções sexualmente transmissíveis e gravidez indesejada e encoraja o envolvimento dos pais nessas discussões.

A AAP recomenda a triagem anual de clamídia e gonorreia de todos os adolescentes sexualmente ativos, com base em fatores de risco específicos. A AAP recomenda que os pediatras aconselhem e assegurem o acesso a uma ampla gama de serviços de contracepção, incluindo os métodos de contracepção reversíveis mais eficazes a longo prazo, ou seja, o implante hormonal e os dispositivos intrauterinos.

Resta saber se os pais aqui no Brasil também estão preparados para discutir doenças sexualmente transmissíveis de suas filhas e filhos, projetos de contracepção ou orientação sexual dos adolescentes.

Na minha opinião, o importante é que os pediatras e profissionais se preparem adequadamente, sem pré-conceitos e ideias próprias, e saibam dar informações cientificamente adequadas, sem julgamento de raça, gênero, credo ou outros vieses, e o mesmo vale para os pais em termos do que podem ouvir. Não necessariamente a ciência acompanha os valores da sociedade.

Leia também:

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Infecções Sexualmente Transmissíveis (IST): por que o testar é importante?

Fonte: Pediatrics October 2017

Sexual and Reproductive Health Care Services in the Pediatric Setting

Arik V. Marcell, Gale R. Burstein, COMMITTEE ON ADOLESCENCE

As informações contidas neste site não devem ser usadas como um substituto para o cuidado médico e orientação de seu pediatra. Pode haver variações no tratamento que o pediatra pode recomendar com base em fatos e circunstâncias individuais.

Atualizado em 7 de novembro de 2024

Dr. José Luiz Setúbal

Dr. José Luiz Setúbal

(CRM-SP 42.740) Médico Pediatra formado na Santa Casa de Misericórdia de São Paulo, com especialização na Universidade de São Paulo (USP) e pós-graduação em Gestão na Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP). Pai de Bia, Gá e Olavo. Avô de Tomás, David e Benjamim.

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