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Por que vacinar seu filho até os 6 anos é importante

Por que vacinar seu filho até os 6 anos é importante

Por que vacinar seu filho até os 6 anos é importante

Apesar das polêmicas que estão ocorrendo nos Estados Unidos com as orientações do Ministro da Saúde americano e do CDC, a Academia Americana de Pediatria, a Sociedade Brasileira de Pediatria o nosso Ministério da Saúde continuam recomendando as vacinas como a melhor forma de prevenção de doenças evitáveis para crianças e adultos. Por isso, manter o esquema vacinal, principalmente nos primeiros anos de vida, é essencial para um crescimento saudável na primeira infância.

Você já se perguntou por que os bebês tomam vacinas desde o dia em que nascem? Um grande motivo: os mais novos correm maior risco de adoecer. É também o período do desenvolvimento do seu filho em que o sistema imunológico mais aprende com a vacina. Quando atuava como pediatra no consultório, costumava usar a ideia de que uma criança recém-nascida era como um computador novo – sua memória estava virgem, e as vacinas iam colocando as proteções contra os vírus e bactérias mais comuns ou mais perigosos, e os outros ela ia adquirir com as doenças que iriam estimular o sistema imunológico a criar os anticorpos.

Vacinar as crianças ajuda a garantir imunidade antes que sejam expostas a germes que podem deixá-las gravemente doentes. Podemos prevenir doenças fatais. É por isso que a maioria das vacinas infantis é recomendada durante os primeiros 12 a 18 meses de vida.

 

Quantas doenças o sistema imunológico de uma criança aprende a resistir até o jardim de infância? 

Quando uma criança tem idade suficiente para começar a escola, as vacinas fornecem ao seu sistema imunológico informações para resistir a 17 doenças! Do nascimento aos 6 anos de idade, bebês e crianças recebem as seguintes imunizações: BCG, hepatite B, vírus sincicial respiratório (VSR), rotavírus, difteria, tétano, coqueluche, Haemophilus influenzae tipo b, poliomielite, doença pneumocócica, COVID, gripe (influenza), sarampo, caxumba, rubéola, catapora (varicela) e hepatite A.

O calendário de imunização recomendado pelo Ministério da Saúde, ou seja, pelo Programa Nacional de Imunizações (PNI), baseia-se na revisão contínua dos dados científicos mais recentes para cada uma das imunizações recomendadas. Para serem incluídas no calendário do PNI, as vacinas devem ser licenciadas para uso no Brasil pela ANVISA.

O pediatra acompanha as vacinas do seu filho e garante que ele seja protegido na hora certa. Também pode informar quando agendar a próxima dose, caso esteja com a vacinação atrasada.

 

Primeiras vacinas do bebê

A vacina BCG previne contra as formas graves da tuberculose (meníngea e miliar). As crianças devem tomar uma dose única ao nascer, preferencialmente. Na rotina dos serviços, a vacina está disponível para crianças menores de 5 anos de idade.

A hepatite B é aplicada até 24 horas após o nascimento. Seu bebê receberá uma segunda dose aos 2 meses de idade, a terceira aos 4 meses e a quarta aos 6 meses.

O vírus sincicial respiratório (VSR) costuma ser comum no final do outono e início da primavera. Este vírus é a principal causa de hospitalização de bebês. Atualmente, existem duas imunizações para bebês e algumas crianças pequenas. Uma delas é a vacina contra o VSR, administrada durante a gravidez. Você pode tomá-la entre 32 e 36 semanas de gestação ou imunizar o bebê contra o VSR.

 

2 meses de idade

As primeiras doses das vacinas administradas aos dois meses de idade protegem os bebês contra sete doenças. Seus nomes podem parecer um amontoado de letras do alfabeto, mas representam as doenças que costumavam causar infecções graves em crianças – vacina contra difteria, tétano e coqueluche acelular (DTaP). As crianças recebem 5 doses desta vacina.

Difteria: uma infecção grave na garganta que pode causar problemas respiratórios e insuficiência cardíaca. Antes da vacina, a difteria matava um quinto das crianças infectadas.

Tétano: uma bactéria mortal que vive no solo e é encontrada em todos os lugares da Terra. Ela pode entrar no seu corpo através de um prego enferrujado ou qualquer tipo de corte na pele. Um dos sinais mais comuns de infecção é o enrijecimento do músculo da mandíbula.

Coqueluche: também chamada de “tosse convulsa”, causa crises violentas de tosse que dificultam a respiração. Bebês com coqueluche podem precisar de cuidados hospitalares e correm risco de morte. Muitas vezes, a coqueluche é transmitida ao bebê por um adulto ou irmão que não sabe que tem a doença.

A vacina contra Haemophilus influenzae tipo B (Hib) (4 doses) previne vários tipos de doenças, incluindo infecções de ouvido, infecções pulmonares, inchaço na garganta e inchaço no revestimento do cérebro e da medula espinhal (meningite). As infecções podem ser fatais. Se os bebês não foram vacinados e apresentam sintomas de meningite, podem precisar de uma punção lombar para testar a presença da bactéria no líquido cefalorraquidiano.

A vacina contra poliomielite (VIP) (5 doses) previne uma doença que causa morte e paralisia.

A vacina pneumocócica (4 doses) previne doenças causadas por bactérias chamadas Streptococcus pneumoniae. Quando essas bactérias invadem os pulmões, podem causar pneumonia. Quando invadem a corrente sanguínea, podem causar uma infecção grave chamada sepse. Quando invadem o tecido ao redor do cérebro, podem causar meningite. Também podem causar infecções de ouvido — que a maioria dos pais sabe que podem ser dolorosas e ocorrem com frequência. Algumas pessoas com condições de alto risco podem precisar de mais doses. Desde que temos essa vacina, o número de crianças que desenvolvem todas essas doenças caiu drasticamente.

A vacina contra o rotavírus (RV) (2 ou 3 doses) combate a principal causa de diarreia em crianças. Este vírus se espalha com muita facilidade — pelas mãos, fraldas ou brinquedos sujos e pelo ar. As infecções por rotavírus causam diarreia aquosa intensa, vômitos, febre e dor abdominal. Às vezes, o vírus causa desidratação tão intensa nas crianças que elas precisam de cuidados hospitalares.

A vacina meningocócica C, cuja primeira dose é aos 3 meses, evita doenças meningocócicas (meningite, encefalite, meningoencefalite) pelo meningococo tipo C.

 

6 meses de idade

Recomenda-se a vacina contra a COVID-19 para as crianças de 6 meses a 5 anos – de duas a três doses conforme o imunizante. Crianças menores de 2 anos correm maior risco de COVID-19 grave e hospitalização.

A vacina contra a gripe é recomendada para todos a partir dos 6 meses de idade, com raras exceções. Na primeira vez que seu filho tomar a vacina contra a gripe (influenza), se ele tiver menos de 9 anos, também precisará de uma segunda dose 4 semanas depois. Mesmo crianças saudáveis ​​podem desenvolver complicações graves da gripe, que exigem internação hospitalar. Os vírus da gripe mudam de ano para ano, portanto, todos precisam tomar a vacina anualmente. A vacinação anual contra a gripe protege as crianças de doenças graves.

 

12 a 18 meses de idade

No primeiro aniversário do seu filho, ele tomará vacinas que o protegerão de mais cinco doenças. Ele também poderá receber uma segunda, terceira ou quarta dose das vacinas que começou no primeiro ano.

Vacina contra sarampo, caxumba e rubéola (SCR): as crianças recebem duas doses da vacina tríplice viral. Algumas crianças com maior risco podem precisar de três doses em caso de surto da doença. A maioria das pessoas vacinadas com tríplice viral estará protegida por toda a vida. A vacina previne doenças graves:

O sarampo pode causar erupções cutâneas, febre, tosse, coriza e conjuntivite. Pode levar a convulsões (frequentemente associadas à febre), infecções de ouvido, diarreia e pneumonia. Raramente, o sarampo pode causar danos cerebrais ou morte.

A caxumba pode causar inchaço das glândulas salivares (abaixo da mandíbula), febre, dor de cabeça, dores musculares e cansaço. Pode levar à surdez, inchaço do cérebro e/ou da medula espinhal, inchaço doloroso dos testículos ou ovários e, muito raramente, à morte.

A rubéola pode causar febre, às vezes erupção cutânea e inchaço dos gânglios linfáticos. Uma gestante que contrai rubéola pode sofrer um aborto espontâneo ou o bebê pode nascer prematuro ou apresentar defeitos congênitos graves.

A vacina contra varicela (2 doses) previne a “catapora”. Um caso leve pode fazer com que uma criança falte à escola por uma semana ou mais. Normalmente, a vacina tríplice viral (SCR) e a vacina contra varicela são administradas separadamente para a primeira dose. A vacina tetra viral (SCRV) pode ser usada para a primeira dose, se os pais expressarem preferência.

A vacina contra hepatite A (2 doses administradas com intervalo de 6 meses) oferece proteção vitalícia contra doenças hepáticas graves. A doença pode ser transmitida por meio de alimentos ou água contaminados ou pelo contato direto com uma pessoa infectada, mesmo que não apresente sintomas.

Curiosidade: as vacinas protegem os bebês antes do nascimento! Eles adquirem anticorpos durante a gravidez por meio de algumas vacinas que sua mãe tomar. No entanto, essa proteção começa a desaparecer no primeiro ano de vida.

 

 

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