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Que os smartphones, tablets e outros dispositivos eletrônicos vieram para ficar, não se tem dúvida, mas devido ao pequeno tempo de uso, ainda não se sabe como eles poderão agir na saúde das crianças e das pessoas em geral. A preocupação de pediatras, educadores e pais é saber como utilizar estas ferramentas sem que elas atrapalhem a saúde das crianças. Este é um dos assuntos que mais escrevemos neste blog, pois é uma preocupação minha também, como pediatra, como avô e como cidadão de um Mundo cada vez mais complexo.
Um projeto de lei em Maryland, estado americano, lança um debate nacional já acalorado sobre o potencial de vício de dispositivos digitais e aplicativos para crianças, e se cabe à indústria de tecnologia ou aos pais garantir que as crianças não sejam fisgadas nas armadilhas de aplicativos e funções cada vez mais viciantes.
Até agora, as preocupações de pediatras e educadores focavam na saúde sobre o uso de dispositivos pelas crianças e se concentraram principalmente em atividades de entretenimento. Estudos relataram que crianças com excesso de internet ou hábitos de videogame podem focar em atividades online em detrimento de atividades e relacionamentos da vida real. Isto é visto em todas as pessoas, mas parece-me que as crianças são mais suscetíveis.
Ciente de tais riscos, um grupo de acionistas da Apple escreveu recentemente à empresa uma carta que alertava para os potenciais riscos de uso excessivo do iPhone e pressionou a empresa a desenvolver ferramentas para que os pais administrassem melhor os hábitos de seus filhos. Isso foi amplamente divulgado na imprensa.
Vários pediatras alertaram que o uso intenso de dispositivos digitais nas escolas ou nas lições de casa pode ter consequências físicas e emocionais não intencionais para os alunos, incluindo problemas de visão, agitação do sono e compulsão no uso do dispositivo. Em particular, eles notaram que alguns aplicativos de aprendizado em sala de aula usavam sistemas de recompensa poderosos, parecidos com videogames, para envolver e estimular os alunos, tornando difícil para algumas crianças desativá-los. A preocupação é que muitos programas que os alunos usam na escola são entretenimento e simulam jogos.
Até agora, no entanto, há pouca evidência concreta sobre os possíveis efeitos na saúde das ferramentas digitais de aprendizagem para os alunos. Muitas escolas estão mais focadas em explorar o potencial de ferramentas digitais para enriquecer a educação das crianças – ajudando-as a colaborar, criar projetos e pesquisas on-line – do que rastreando os efeitos do tempo de tela nos alunos. E aplicativos de educação matemática parecidos com videogames podem beneficiar algumas crianças, mesmo se criarem hábitos problemáticos para outras crianças, disse o Dr. David L. Hill, pediatra e presidente da Academia Americana de Pediatria (AAP).
O conselho de comunicação e mídia da AAP publicou diretrizes sobre mídia de entretenimento, recomendando, entre outras coisas, que as crianças evitem a exposição a telas digitais pelo menos uma hora antes de dormir. Mas o grupo decidiu não emitir recomendações sobre o uso de dispositivos nas salas de aula, devido à falta de pesquisas específicas sobre a escola.
O projeto de Maryland pode fornecer algumas respostas. A legislação exigiria que a Secretaria de Educação e a Secretaria de Saúde do Estado desenvolvessem melhores práticas para o uso saudável e seguro dos dispositivos digitais nas escolas, modelos opcionais que as escolas do estado podem escolher seguir.
Nos EUA, alguns distritos escolares já estão desenvolvendo suas próprias recomendações. Em alguns, existe um conselho de saúde formado por médicos e outros especialistas que dão orientação embasada em ciência sobre tecnologia em sala de aula.
Entre as recomendações, por exemplo, estão um tempo mínimo de telas antes que as crianças entrem no jardim de infância e, para os alunos do ensino médio, o uso do computador não leva mais da metade do tempo de aprendizado durante o dia letivo. Outra recomendação é que os alunos façam intervalos de atividades a partir de tarefas de computador a cada 20 minutos e não utilizem seus dispositivos durante o recreio.
As diretrizes de tempo de tela na escola, como essas, podem se espalhar. Inspirado pelo esforço de Maryland, a Parents Across America, um grupo de defesa de escolas públicas sem fins lucrativos, elaborou cartas para os pais em outros estados enviarem aos seus legisladores.
Saiba mais sobre este assunto:
Fonte: https://www.nytimes.com/2018/04/18/technology/maryland-computers-schools.html
As informações contidas neste site não devem ser usadas como um substituto para o cuidado médico e orientação de seu pediatra. Pode haver variações no tratamento que o pediatra pode recomendar com base em fatos e circunstâncias individuais.
Atualizado em 6 de dezembro de 2024
mensagem enviada
A tecnologia ê importante, mas a preocupacão é o tempo , que as crianças passam , nos jogos, filmes em contato com essa radiação, ali buscam tudo o seu passatempo , encontram resposta para tudo, a ausência do contato humano, o carinho, o amor, a conversa olho no olho, o raciocinio lógico , o contato visual, hoje só existe entre os irracionais, pois sempre que paramos para observar , vemos cena lindas de amor entre eles , e a natureza despercida entre a selva de pedra desabrocha, linda colorindo a vida , com seu perfume e produzindo frutos que nos alimentam o corpo e a alna despercebida …..
Vovó Leide…