Instituto PENSI – Estudos Clínicos em Pediatria e Saúde Infantil

Refrigerantes e obesidade: uma relação perigosa

Refrigerantes e obesidade: uma relação perigosa

Refrigerantes e obesidade: uma relação perigosa

É comum em entrevistas ou no consultório, e até mesmo na minha vida social, ser indagado se refrigerantes podem ser dados às crianças. É comum também em passeios pelos shoppings centers brasileiros ver bebês consumindo-os direto da mamadeira. Embora o consumo de bebidas adoçadas tenha sido associado ao status de peso em crianças mais velhas, o efeito delas sobre a idade pré-escolar é menos claro.

Um estudo realizado nos EUA constatou que crianças de 4 e 5 anos de idade que bebem uma ou mais bebidas adoçadas com açúcar por dia, incluindo refrigerantes, bebidas esportivas ou bebidas de frutas que não são 100% de suco, eram mais propensas a ter excesso de peso ou serem obesas.

Aos 2 anos de vida, não havia uma ligação entre bebidas adoçadas e obesidade, embora essas crianças tenham apresentado maiores mudanças nos escores de índice de massa corporal (IMC) nos dois anos seguintes em comparação às crianças que não as bebem regularmente.

Os pesquisadores descobriram que crianças que consomem bebidas adoçadas consumiram menos leite e são mais propensas a assistir mais de duas horas de televisão por dia.

Como se vê, tudo está relacionado com maus hábitos.  Eu, como pediatra, e nós, como Centro Médico de Saúde Infantil, precisamos divulgar e orientar a população, a fim de pontuar o risco dessas bebidas na saúde da criança e os efeitos que podem trazer para o resto da vida.

Os autores do estudo concluem que os pais e os cuidadores devem ser desencorajados a dar aos filhos bebidas adoçadas, mas sim bebidas naturais ou sem calorias, além do leite para crianças de até 5 ou 6 anos.

Leia também: Bebidas recomendadas para crianças de até 5 anos

Fonte: Sugar-Sweetened Beverages and Weight Gain in 2- to 5-Year-Old Children | Pediatrics

Atualizado em 20 de maio de 2024

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