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Acidentes são a principal causa de morte de crianças de 1 a 14 anos no Brasil. Por ano, mais de 3.300 meninas e meninos morrem por esse motivo e outras 112 mil crianças são internadas em estado grave. De acordo com dados mais recentes do Ministério da Saúde, cerca de 3,3 mil crianças brasileiras morrem por ano vítimas de acidentes e, em média, 112 mil são hospitalizadas só na rede pública de saúde por esse motivo.
Do total de mortes de crianças de zero a 14 anos em acidentes de trânsito (1.010 casos em 2018), 53% (534) ocorreram quando elas estavam na condição de ocupantes de veículo e 27,5% (278) foram devido a atropelamentos.
Ultrapassar o limite de velocidade permitido é apontado pela Organização Mundial da Saúde (OMS) como uma das principais causas de acidentes do mundo. De acordo com o Relatório de Status Global de Segurança Viária da ONU de 2018, acidentes de trânsito são, hoje, a principal causa de morte de pessoas entre 5 e 29 anos e ainda, que cerca de 1,35 milhão de vidas são perdidas anualmente no trânsito mundial. Apesar de reconhecer a importância dos cuidados com a velocidade, o relatório aponta que não foi feito muito progresso na área.
Em nossas ruas, no mundo todo, por onde andamos, brincamos e vivemos, pedimos ação na velocidade. Ruas habitáveis e de baixa velocidade são essenciais e urgentes.
A Declaração de Estocolmo de 2020, adotada por governos em todo o mundo, apela a um enfoque em ruas habitáveis e, de acordo com as evidências disponíveis, uma velocidade máxima de viagem nas estradas de 30 km / h, onde os usuários vulneráveis das estradas e os veículos se misturam. O compromisso com essa abordagem deve estar na vanguarda da nova Década de Ação pela Segurança no Trânsito para atingir as Metas Globais.
Nosso presidente infelizmente pensa diferente e cria leis que vão na contramão do que se faz no Mundo. Afrouxa medidas restritivas, abranda penalidades aos infratores das normas de trânsito e diminui as medidas de prevenção e de segurança. Nós enquanto sociedade precisamos pensar coletivamente e reagir pensando em nossas crianças, em nossos idosos e em todos nossos cidadãos e pedir leis e regras mais restritivas em relação à velocidade, ao uso de cadeirinha e à pontuação para penalizar os infratores.
Agora é a hora de cumprir urgentemente esse chamado à ação, reduzindo, projetando e reforçando velocidades de tráfego que sejam seguras para todos, em qualquer lugar, priorizando as ruas de baixa velocidade em todas as áreas residenciais e próximas às escolas.
Ruas para a saúde. Ruas para o clima. Ruas para pessoas. Devemos agir juntos para criar #StreetsForLife; #ruasparavida
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