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Pacientes internados em hospitais municipais de São Paulo poderão receber visita de animais de estimação. O projeto de lei foi sancionado pelo prefeito João Doria e publicado no “Diário Oficial do Município” em fevereiro de 2018. De autoria do vereador Rinaldi Digilio, a proposta defende a contribuição do animal ao tratamento do paciente internado.
Embora seja prática comum em vários hospitais de São Paulo, isso não estava previsto em lei e não havia normas para esta atividade. Esta é uma prática que traz benefícios cientificamente demonstrados por pesquisas científicas.
A equipe de saúde desempenha importante papel no processo de hospitalização e deve ser capaz de desenvolver e empregar estratégias para torná-la menos traumática – beneficiando pacientes, acompanhantes e a própria equipe de saúde, proporcionando momentos de alegria e descontração a fim de promover o paradigma orientado pela saúde e não pela doença.
O Programa Nacional da Assistência Hospitalar (PNHAH), instituído em 2000 pelo Ministério da Saúde, objetiva humanizar a assistência hospitalar a partir de intervenções institucionais. A Terapia Assistida por Animais (TAA) é uma intervenção direcionada, individualizada e com critérios específicos em que o animal é parte integrante do processo do tratamento.
Historicamente, a TAA foi utilizada de forma pioneira e intuitiva em 1792 no tratamento de doentes mentais através de terapias com cavalos (equoterapia). Nos anos 60 do século XX, o psiquiatra Boris Levinson desenvolveu a Psicoterapia Facilitada por Animais, utilizada no tratamento de transtornos de comportamento, déficit de atenção e problemas de comunicação em crianças. No Brasil, a psiquiatra Nise da Silveira encontrou na TAA uma forma de tratamento para a esquizofrenia. Em São Paulo, a médica veterinária e psicóloga Hannelore Fuchs coordena o projeto Pet Smile desde 1998, onde voluntários levam animais para interagir com crianças em hospitais. Em 2000, foi fundada a Organização Brasileira de Interação Homem-Animal Cão Coração, que promove o Projeto Cão do Idoso. Em 2003, pesquisadores da Faculdade de Veterinária, em parceria com a Faculdade de Odontologia da UNESP- Araçatuba, iniciaram o projeto “Cão Cidadão UNESP”, que investiga as reações provocadas pelos animais nas crianças com necessidades especiais, como paralisia cerebral, portadores de Síndrome de Down, entre outros comprometimentos mentais.
A TAA deve ser supervisionada por profissionais da saúde devidamente habilitados e pode ser praticada por voluntários devidamente treinados. Os animais devem ter o acompanhamento veterinário, garantindo o bom estado sanitário do animal e minimizando o potencial zoonótico.
Em janeiro de 2014, o Sabará Hospital Infantil aderiu à Terapia Assistida por Animais (TAA) por meio de uma parceria pioneira com o projeto Cão Terapeuta. Essa terapia tem como principal objetivo criar laços entre uma pessoa e um animal como parte integrante do processo de recuperação.
Saiba mais sobre a rede de humanização do Sabará
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Fonte:
As informações contidas neste site não devem ser usadas como um substituto para o cuidado médico e orientação de seu pediatra. Pode haver variações no tratamento que o pediatra pode recomendar com base em fatos e circunstâncias individuais.
Atualizado em 22 de novembro de 2024
mensagem enviada
Achei super interessante.
Gostaria de envolver-me com a prática para serviço voluntário.
Se houver interesse, segue meu email.